Como seria se você pudesse definir seu salário?

Muitos profissionais acreditam que a maioria dos seus problemas seria resolvida com mais dinheiro. Me ocorreu uma questão que achei adequada para refletirmos: por que os profissionais não podem definir seu próprio salário?

O salário é o preço da força de trabalho que o empregado coloca à disposição do empregador através do contrato de trabalho.

Eu, particularmente, sou contra o plano de cargos e salários na forma estabelecida no mercado atual.

Estabelecer o valor do salário pautado em plano de cargos e salários deveria estabelecer um equilíbrio interno e externo na empresa. Ao definir salários compatíveis com cada função, cria-se um sentimento de justiça e igualdade. Isto é: cada um ganhando o que merece.

Será que as pessoas sentem essa igualdade nas empresas? Ou melhor, será mesmo justo que seu salário seja equiparado com o colega ao lado só porque ele tem o mesmo cargo que o seu? Justo para quem? Só se for para os profissionais medíocres!

Para mim, essa forma é a mais injusta que existe. É muito comum encontrar, pelas diversas empresas em que atuo, profissionais gerando resultados extraordinários para a empresa e ganhando o mesmo salário que inúmeros profissionais medianos.

Entendo que, hoje, no Brasil, somos limitados por leis trabalhistas que, há tempos, não comportam mais a forma de trabalho que exercemos. Minha empresa, inclusive, também segue tais regras, mas isso não significa que não podemos pensar a respeito.

As empresas deveriam dar atenção financeira diferenciada aos profissionais. Gosto e apoio a remuneração por competências, em que a empresa faz avaliação das aptidões do funcionário e dos resultados alcançados, levando em conta também a postura profissional.

Se o funcionário mostrou bom desempenho, algo além das expectativas, por que não o recompensar? Uma vez estabelecidas essas regras do jogo, um vinculo é criado entre empresa e funcionário e o salário será recebido de acordo com a sua produção. 

É aí que mora o perigo para aqueles que ainda se apoiam na ideia ultrapassada (mesmo que vigente pelas nossas leis) da tal equiparação salarial, e não estão atentos ao quanto realmente suas habilidades contribuem para o resultado positivo da empresa em que trabalham.

Ha três informações importantes que todo profissional precisa saber para definir seu próprio salario:

1. Quanto as pessoas ganham naquela empresa?
2. Quanto as outras pessoas ganham em empresas similares?
3. Quanto a sua empresa ganha (para saber se pode arcar com o seu salário)?

E aí? Quanto vale o seu trabalho?  Quanto deveria receber como consequência do trabalho que desenvolve e o resultado que gera para sua empresa?

Faça uma autoanálise de suas competências, habilidades e atitudes e, claro, pensando na sua real contribuição com os resultados da empresa, e calcule: quanto seria seu salário?