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Você é um profissional emotivo? Três atitudes podem prejudicá-lo na empresa

Do UOL, em São Paulo

22/12/2015 06h00

Aquela velha ideia de que não se deve mostrar emoção na empresa é balela. Eu diria que é humanamente impossível. As emoções nos acompanham o tempo todo. Estão presentes na vida de qualquer pessoa. Se algo ruim ou bom acontece em casa, é natural que isso se reflita no trabalho e vice-versa.

Isso não significa, porém, que o profissional deve se deixar levar pelas emoções. Sentir emoção é natural, mas o melhor é controlá-la, e não o contrário. Um bom exemplo disso é que muitos crimes cometidos no mundo aconteceram no “calor da emoção”. Ou seja, quando você deixa a emoção no controle, é provável que fará alguma bobagem.

Pelas empresas por onde passo, é muito comum encontrar profissionais que adoram falar sobre seus problemas: dilemas com familiares, filhos, vida financeira. O funcionário com esse perfil é considerado emotivo e sua presença pode prejudicar o desempenho dos colegas de trabalho.

Vale lembrar que o chefe ou as pessoas da equipe não são obrigados a se emocionar ou se envolver com seus problemas. E você não deve ficar chateado por causa disso, contando a todos sobre a “insensibilidade” do chefe ou de colegas. Tenha muita cautela para não entrar nesse caminho.

Ambiente corporativo não é terapia, muito menos encontro de final de semana. 

Aqui vão três atitudes do dia a dia que são consideradas pouco profissionais e todo funcionário que deseja ter sucesso precisa evitar.

1 – Uso inadequado dos recursos da empresa

Passamos muitas horas no trabalho. É perfeitamente normal ao longo do dia usarmos telefone para fins particulares, mas cuidado com o exagero.

Muita gente tem o hábito de usar o telefone da empresa para falar com amigos e parentes mais próximos, ou até discutir relação com o cônjuge. Hoje em dia é muito comum várias pessoas trabalharem em um único ambiente, sendo impossível não ouvir conversas particulares alheias. Isso pode gerar comentários pelos corredores sobre o assunto depois.

Isso sem contar o uso excessivo da internet da empresa para compras online, e-mails pessoais com aquelas mensagens lindas e longas em PowerPoint, e até conversinhas exageradas pelas redes sociais.

2 – Confundir amizade com sua obrigação no trabalho

Diferentemente dos amigos, que nós escolhemos, dificilmente optamos com quem iremos trabalhar. Portanto, é normal não gostarmos de muita gente do trabalho. Existem pessoas que desenvolvem uma afinidade naturalmente. Outras, não. É aí que a confusão pode acontecer no dia a dia.

Se um amigo pede uma informação, um dado ou um relatório, a tendência do funcionário emotivo é fornecer o conteúdo com rapidez e excelência. Mas, se quem solicitou o trabalho for aquele fulano com que o funcionário emotivo “não vai com a cara”, ele dificulta os processos internos, prejudicando a produtividade da empresa.

Lembre-se que a empresa visa lucro por meio de resultados. É para isso que você está lá. Não trave o processo, ou quem estará fora dos negócios será você.

3 – Transformar a área do café no muro das lamentações

Área de uso comum é motivo de muitas brigas nas empresas. A área do café de cada departamento é um local muito importante para a pausa entre uma tarefa e outra, um espaço para ter um momento relaxante e de descompressão. Local ideal para ficar poucos períodos durante o dia, e não o tempo todo.

Muitas pessoas ocupam as mesas do café ou estacionam ao lado da cafeteira contando assuntos pessoais. Isso atrapalha o trânsito dos outros, além de poder estar invadindo o espaço alheio. Ninguém gosta disso.

Apesar de a área do café ser de livre acesso, o fato de estar falando de problemas pessoais pode fazer com que os outros não se sintam à vontade para pegar um cafezinho.

Pode parecer insensível o que direi, mas é a mais pura realidade: nem sempre os colegas da empresa estão interessados em ouvir seus problemas profissionais, quanto mais pessoais.

Se você leu este artigo até este ponto e está pensando algo como: “Nossa, que chato trabalhar nesse tipo de empresa” ou “Que absurdo, agora vou trabalhar numa prisão”, comece a rever suas atitudes, provavelmente você é um funcionário emotivo.

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