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Você é "esperto"? Desonestidade na hora da prova pode lhe prejudicar

17/11/2014 14h32

Você é esperto? Conhece alguém realmente ou aparentemente esperto? Ou alguém que se acha muito esperto? Sim ou não? Seja como for, você sabe mesmo o que é ser esperto?

O Dicionário Houaiss diz que esperteza é:

1. Virtude, característica de esperto; 2. Ação ou método de quem é esperto; rapidez, eficiência, inteligência, tino, vivacidade; 3. Ação desonesta para conseguir algo, tentando ludibriar alguém; ardil, astúcia, malandragem.

Segundo o dicionário, ser esperto pode ser positivo, como no caso do segundo conceito, ou negativo. Certamente você já conheceu ou ouviu falar de alguém que se enquadra nesse terceiro tipo de esperteza.

Certa vez, conheci um senhor que se julgava muito esperto e ganhava bastante dinheiro. Ele dizia em alto e bom som: "todo dia um bobo sai à rua. Basta achar o bobo, que você ganha dinheiro". Quem o via achava que isso funcionava: ele tinha casas, terrenos e carros. Quem olhasse de uma posição remediada para o conforto (e até luxo) em que vivia esse senhor, podia achar que ele realmente era esperto, que não vale a pena o trabalho honesto, o estudo, a qualificação e a fé.

Com o passar dos anos esse senhor foi, pouco a pouco, dilapidando esse patrimônio. Suas posses, aos poucos, foram escorrendo por entre os dedos, pois não tinham qualquer base sólida. No final, ele era mesmo apenas mais um bobo, que se julgava esperto e não planejou o futuro.

Isso também acontece nos concursos, infelizmente, com as pessoas que roubam e distribuem gabaritos, que caem na ilusão de que têm o gabarito em mãos e que acham que podem “dar um jeitinho” e trilhar atalhos, enquanto tantos outros se dedicam arduamente para obter sua aprovação.

A carreira desses "espertalhões" não costuma ser longa. Sua prosperidade costuma ter o mesmo prazo de validade de seu trambique e, fatalmente, não será essa pessoa (um mau profissional ou um profissional medíocre) que irá tirar o lugar de um concurseiro bem preparado e experiente. Curioso citar que, do mesmo termo latino "expertu", vieram os termos esperto e experto. Este último se refere a quem "tem experiência; experimentado, experiente, que tem conhecimento, perito". Daí convivermos com conselhos como "fique esperto" e advertências como "não tente bancar o esperto".

Se você está começando na trilha dos concursos agora, fique esperto! Procure analisar as situações, pessoas e propostas com cautela e serenidade para diferenciar quem é quem. Não aceite atalhos ou artimanhas. Tenha uma preparação consistente e foque no seu objetivo. Essa é a melhor forma de obter sucesso duradouro.

Muitos procuram ser mais "espertos" que os outros. Eles lembram um pouco a famigerada "Lei de Gerson", que diz que é preciso levar vantagem em tudo. Levar vantagem sobre o outro raramente traz bons frutos, profissionais ou pessoais. Com o tempo você perde a credibilidade, amigos, negócios, empregos, cargo e posições.

O empresário Warren Buffet afirma: “Não se pode fazer bons negócios com pessoas ruins”. O Brasil e o serviço público precisam de boas pessoas, que sejam competentes, trabalhadoras e humildes. Que realizem bons negócios para a população todos os dias. Por isso, repito, fique esperto! Faça uma preparação sólida e lance as bases de seu futuro promissor!