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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Bolsonaro recua e não deve mais apresentar impeachment contra Barroso

Montagem Bolsonaro e ministro Barroso - Isac Nóbrega/Presidência da República/Carlos Moura/SCO/STF
Montagem Bolsonaro e ministro Barroso Imagem: Isac Nóbrega/Presidência da República/Carlos Moura/SCO/STF

Do UOL, em Brasília

25/08/2021 14h05Atualizada em 25/08/2021 14h34

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Ministros do governo falam em 'momento de alívio' com o recuo do presidente Jair Bolsonaro de apresentar o pedido de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso.

Apesar de ter prometido que apresentaria ao Senado o pedido nos próximos dias, pelo menos três fontes confirmaram à coluna a desistência do presidente. Eles ressaltam, no entanto, que o recuo pode ser "temporário" e que dependerá de eventuais novas ações vindas por parte do Supremo.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que se autodenominou "amortecedor" de crises, foi um dos que mais se empenhou pelo recuo de Bolsonaro. Na semana passada, Ciro Nogueira chegou a dizer para o presidente do STF, Luiz Fux, que estava trabalhando para demover o presidente da ideia.

A avaliação feita por auxiliares ao presidente é de que ele gastaria ainda mais energia para uma batalha sem muita eficácia, que ampliaria o desgaste com os poderes e, principalmente, que não ajudaria a aprovação de André Mendonça para uma vaga no Supremo.

Conforme mostrou a colunista Carolina Brígido, o recado da desistência da ação de Bolsonaro já foi recebido pela Suprema Corte.

Assessores do presidente confirmam que a partir de agora a batalha de Bolsonaro deve se concentrar no ministro Alexandre de Moraes. O pedido de impeachment dele foi protocolado na semana passada.

A lógica de manter o enfrentamento com Moraes, segundo fontes do Planalto, se justifica pelo fato de que ele será o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no ano que vem.

Agora, auxiliares do presidente trabalham para convencer o senador Davi Alcolumbre de agendar a sabatina de Mendonça o quanto antes.