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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Cotado para vice na chapa de Bolsonaro, Braga Netto ganha cargo no Planalto

Walter Braga Netto será assessor pessoal de Bolsonaro - ADRIANO MACHADO
Walter Braga Netto será assessor pessoal de Bolsonaro Imagem: ADRIANO MACHADO

Do UOL, em Brasília

31/03/2022 13h18Atualizada em 31/03/2022 19h01

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Apontado como o atual candidato a vice na chapa de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o agora ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto foi nomeado nesta quinta-feira (31) pelo presidente para um cargo no Palácio do Planalto. Ele será assessor especial do gabinete pessoal do presidente.

A ideia, segundo auxiliares de Bolsonaro, foi manter o general próximo até mesmo para traçar as estratégias eleitorais. Pelo cargo de confiança, Braga Netto receberá um salário de cerca de R$ 16 mil.

Apesar de continuar em um cargo público, neste caso, como a função de Braga Netto não será de chefia a lei eleitoral permite que se descompatibilize até três meses antes do pleito, ou seja, no dia 2 de julho.

A sala de Braga Netto está sendo montada há alguns dias e ficará no 3° andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete de Bolsonaro.

Troca da Defesa

O presidente Jair Bolsonaro também nomeou nesta quinta-feira (31) o general Paulo Sergio para assumir a Defesa no lugar de Braga Netto, conforme antecipou a coluna. O general que estava no Comando do Exército passará o cargo para o colega Marco Antônio Freire Gomes, que também já teve sua nomeação oficializada no Diário Oficial da União (DOU).

A troca no Comando do Exército acontece apenas um ano depois de uma das maiores crises envolvendo as Forças Armadas, com Bolsonaro trocando de uma só vez o comando de Exército, Marinha e Aeronáutica.

Agora, segundo militares ouvidos pela coluna, a nova dança das cadeiras no Exército acontece em um clima mais "tranquilo".

Um colega de patente destaca que o perfil de Freire Gome é similar ao de Paulo Sérgio. "Os dois têm uma carreira de comprovado profissionalismo, com ponderação e controle. Eles possuem liderança junto à tropa e operacionalidade", afirmou um general da ativa.

Freire Gomes já era uma das opções de Bolsonaro no ano passado, quando o presidente tinha desconfianças em relação a declarações de Paulo Sérgio no combate a pandemia.

Na época, o clima político estava tensionado, Bolsonaro flertava com um possível golpe e fazia declarações polêmicas, como uma suposta facilidade de impor uma ditadura no país.

Durante a sua gestão no Comando do Exército, Paulo Sérgio se aproximou do presidente e, ao ganhar a confiança de Bolsonaro, acabou recebendo o convite para assumir o Ministério da Defesa.