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O dinheiro não está rendendo? Saiba a hora certa de mudar de investimento

22/06/2020 04h00

Este é um momento atípico para nosso país e nossa economia. A taxa de juros, Selic, chegou à sua mínima histórica: 2,25% ao ano. A Bolsa de Valores, onde ações de empresas e fundos imobiliários, entre outros ativos, são negociados, está vivendo um sobe e desce constante e de maneira inesperada.

Para o pequeno investidor e para quem está começando a investir agora, isso gera muitas dúvidas e inseguranças. É normal surgirem questionamentos sobre as escolhas feitas e se existem oportunidades que podem ou não ser descartadas.

Tenha um motivo

As perguntas têm que ser feitas mesmo, mas de maneira diferente. A primeira coisa que você deve se questionar é sobre o objetivo dos seus investimentos, o porquê dessa preferência e quando deseja usá-lo.

Sempre comece pelo motivo. Saber qual o destino daquela grana e para qual finalidade irá usá-la já faz com que vários ativos sejam descartados logo de cara. Se o seu objetivo é usar o dinheiro daqui a 6 meses, já sabe que os investimentos de renda variável estão automaticamente excluídos, pois a oscilação nesse tipo de alocação é muito grande e não há garantia ou a certeza de que terá o valor de que necessita dentro de alguns meses.

Quando precisará do dinheiro

Procure sempre saber sobre a liquidez daquele investimento, ou seja, a rapidez com que você consegue transformar o ativo em dinheiro. Se não conseguir sacar antes de, por exemplo, dois anos, não vai adiantar para seu plano de usar a grana daqui a alguns meses.

Outra característica que você precisa procurar é a rentabilidade do investimento e entender que o rendimento é consequência do objetivo escolhido. Quanto menos deixar seu dinheiro investido, menos ele vai gerar lucro para você. Porém, como o objetivo é de proteger sua aplicação e fazer com que você tenha o dinheiro de que precisa em uma data específica, não tem problema um rendimento menor.

Renda fixa

Se analisarmos bem, a renda fixa tem todas essas características citadas acima: serve para curto prazo, vários investimentos têm liquidez diária ou para pouco tempo, e tem um rendimento constante, apesar de baixo. Se isso não está bem claro na cabeça de quem está começando a investir, a única análise que será feita é da rentabilidade - e é aí que mora o perigo.

A renda fixa, mesmo não tendo um crescimento enorme, é uma ótima opção para quem quer ter segurança, pois a chance de perder dinheiro ou ter prejuízo nela é muito baixa, ainda mais quando comparada à renda variável e a investimentos mais agressivos que prometem grandes rentabilidades.

Longo prazo

Agora, se o seu objetivo é o longo prazo, não tem problema se expor mais e encarar um pouco mais de risco. Os ativos da bolsa de valores são ótimos para isso, pois mesmo oscilando muito no curto prazo, com o passar do tempo se mostram bastante lucrativos.

Nos momentos de grande volatilidade na economia, como os que estamos vivendo agora, é comum aparecer a vontade de ficar trocando de investimentos a todo momento para poder aproveitar uma grande oportunidade que você acredita ser única. Mas isso acaba atrapalhando muito a sua carteira de crescer, pois não consegue ter e manter uma estratégia clara para seu dinheiro.

Rebalanceie

Não tem problema trocar os investimentos de sua carteira, porém isso só deve ocorrer quando o ativo que você escolheu anteriormente já não serve mais para seu objetivo. Você pode ter começado a investir querendo trocar de carro em pouco tempo, mas no meio do caminho desistir da ideia e querer comprar uma casa daqui a alguns anos.

Mude sua carteira. Procure o que é melhor para seu novo alvo. Só não faça isso devido às oscilações dos investimentos.

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