OGX, de Eike, leva Bolsa ao menor patamar desde novembro; dólar cai para R$ 1,955
Depois de operar no azul a maior parte do dia, acompanhando o cenário externo, a Bovespa fechou em queda nesta terça-feira (19). O Ibovespa (principal índice da Bolsa) recuou 0,52%, a 57.314,40 pontos. É a menor pontuação desde o dia 28 de novembro, quando fechou com 56.539,40 pontos.
Esta já é a quinta queda seguida da Bolsa --que acumula perdas de 5,97% neste ano. Os negócios movimentaram R$ 6,96 bilhões, abaixo da média diária do ano, de R$ 7,45 bilhões.
A ação da OGX, petrolífera de Eike Batista, foi uma das principais influências negativas para a Bovespa. O papel desabou e fechou com a maior queda do dia da Bolsa. As ações preferenciais da Vale (as mais negociadas da Bolsa no dia) também fecharam em queda.
O dólar comercial fechou em queda de 0,41%, a R$ 1,955 na venda. É o menor valor desde 10 de maio, quando valia R$ 1,952. Os investidores dizem acreditar que este pode ser um novo limite mínimo informal para a moeda.
Esta avaliação ganhou força depois que o Banco Central realizou dois leilões equivalentes à compra futura de dólares neste mês, exatamente quando a cotação ameaçava romper esse nível.
Além disso, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em discurso nesta terça, não descartou a hipótese de mudanças na política monetária brasileira em 2013.
Mas deu indicações de que a alta do juro pode ser menor do que parte do mercado acredita --o que reforçaria a impressão de que o governo quer um dólar mais baixo para ajudar a conter a inflação.
Veja ainda no UOL os fechamentos anteriores da Bolsa e o histórico do dólar.
Empresas de Eike afundam e Braskem dispara na Bolsa
O maior tombo do dia foi das ações da OGX, petrolífera de Eike Batista, que recuou 4,83%, a R$ 3,15. É o menor patamar de fechamento desde 21 de novembro de 2008. Em seguida, aparece outra empresa do grupo, o braço de logística LLX, que afundou 4,46%, a R$ 1,93.
As ações da Suzano Papel amargaram uma queda depois de dois dias seguidos em alta, e perderam 4,03%, a R$ 6,43. O frigorífico JBS fechou em baixa de 3,89%, a R$ 7,16, depois de ter sido associado ao escândalo da carne de cavalo.
Entre os destaques de alta do dia, a petroquímica Braskem disparou 7,05%, a R$ 14,88. Analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação da ação de "neutro" para "compra", e aumentaram a estimativa de preço de R$ 16 para R$ 17.
A B2W, dona dos sites Submarino e Lojas Americanas, subiu 2,64%, a R$ 13,60; a BRF teve a terceira maior alta do dia, avançando 2,45%, a R$ 42,24.
Entre as ações mais negociadas do dia, a preferencial da Vale caiu 0,91%, a R$ 36,09; a da Petrobras fechou com ganhos de 1,12%, a R$ 18,10. As ações do Itaú recuaram 1,94%, a R$ 34,86, e as do Bradesco perderam 2,14%, a R$ 36,16.
Bolsas internacionais
As ações europeias fecharam em alta, com dados de confiança alemã acima do esperado levando investidores a retornarem a setores economicamente sensíveis como o automobilístico e o tecnológico, após uma série de três sessões de queda.
O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em alta de 1,07%, a 1.171 pontos. O índice de sentimento do investidor alemão ZEW disparou para um recorde em três anos neste mês, superando até as mais otimistas projeções econômicas.
As ações filipinas e australianas chegaram a novos recordes nesta terça, mas outros papéis asiáticos tiveram desempenhos mistos, com preocupações sobre o risco de um resultado inconclusivo nas eleições italianas e com as negociações orçamentárias nos Estados Unidos limitando ganhos após a forte alta registrada no início de fevereiro.
Nas Filipinas, onde um forte crescimento econômico levou a um aumento de interesse dos investidores no país, as ações atingiram um recorde. O índice tailandês subiu 0,58%, após dados mostrarem números robustos de crescimento no quarto trimestre.
(Com Reuters)
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