Ação da OGX dispara após acordo com estatal da Malásia
A ação da OGX (OGXP3), petrolífera de Eike Batista, disparava na Bolsa nesta quarta-feira (8), depois que a empresa confirmou a venda de parte de um campo de petróleo à estatal Petronas, da Malásia.
Por volta das 14h45, o papel saltava 6,67%, para R$ 2,08, impulsionando a alta da Bovespa.
A empresa divulgou na noite desta terça-feira comunicado em que confirma a venda de participação de 40% nas concessões dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados na Bacia de Campos, por US$ 850 milhões à Petronas. Os blocos referem-se ao campo de Tubarão Martelo.
A transação está sujeita à aprovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Além da participação nos blocos, a Petronas detém a opção de adquirir 5% do capital total da OGX a um preço de R$ 6,30 por ação.
Na véspera, a ação da OGX havia fechado entre as maiores quedas da Bolsa, depois que a empresa divulgou uma queda de 78% na produção de petróleo em abril.
Venda pode dar fôlego ao grupo EBX
A venda de ativos é vista por analistas como uma das soluções da holding EBX, de Eike, para se capitalizar e romper uma crise de confiança que vem corroendo o valor de mercado de suas empresas listadas em Bolsa.
A compra da participação pela Petronas ocorre depois que a alemã E.ON acertou acordo no fim de março para aumentar sua participação na companhia elétrica MPX, numa operação de R$ 2,1 bilhões.
Os negócios com OGX e MPX foram acertados depois que Eike fez uma parceria estratégia com o banco BTG Pactual no início de março que envolvendo linhas de crédito e futuros investimentos de capital de longo prazo para projetos da EBX.
O negócio com a Petronas ocorre em um momento em que a OGX tem problemas operacionais em seu campo Tubarão Azul, na bacia de Campos.
A petrolífera informou na terça-feira que sua produção em abril somou 13,9 mil barris de óleo equivalente por dia, em média, o que representa uma queda de 7,9% na comparação com o volume médio extraído em março.
(Com agências)
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