Dólar fecha acima de R$ 2,30 pela primeira vez em mais de 4 anos
O dólar comercial teve a quinta alta seguida nesta quinta-feira (1º), fechando com alta de 0,85%, para R$ 2,302 na venda. É a primeira vez em mais de quatro anos que a moeda fecha acima de R$ 2,30 --desde 31 de março de 2009, no auge da crise financeira internacional, quando valia R$ 2,319.
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O impulso veio de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos, que alimentaram expectativas sobre o estímulo monetário no país ser reduzido em breve.
Isso fez com que os investidores tirassem dinheiro do Brasil e levassem-no para países considerados mais "seguros". Com pouco dólar disponível, a moeda ficou mais cara.
"As moedas estrangeiras, de uma maneira geral, estão mais ou menos no mesmo rumo do real: todas lá fora estão se desvalorizando ante o dólar e nós estamos no mesmo caminho", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.
BC não atuou no mercado
O Banco Central não atuou no mercado nesta quinta-feira, apesar da valorização da moeda norte-americana ante o real.
Ontem, o BC fez três leilões de swap cambial tradicional --equivalentes à venda de dólares no mercado no futuro--, numa atuação que não fazia há mais de uma década. A última vez em que a autoridade monetária tinha feito três leilões de swap tradicional num mesmo dia foi em agosto de 2002 e, segundo operadores, a ação agora serviu para tentar segurar a cotação.
"A tendência de fortalecimento do dólar é global e o BC não tem capacidade de reverter esse movimento e está muito ciente desse fato, por isso tem agido apenas para garantir liquidez no mercado", afirma Marcelo Salomon, chefe de economia e estratégia para a América Latina do Barclays Capital.
Para Salomon, o BC não deve gastar reservas para tentar conter essa alta do dólar, e deve esperar uma acomodação desse movimento de valorização para agir de forma mais agressiva.
Dados animadores nos EUA
Pela manhã, foi divulgado que o número de norte-americanos que entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu à mínima de cinco anos e meio, e que o crescimento da indústria acelerou para seu maior nível em dois anos, sinalizando possível melhora no cenário econômico dos Estados Unidos.
Tudo isso alimentava as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa começar a reduzir seu programa de compra de ativos em breve, diminuindo a quantidade de dólares disponível nos mercados internacionais.
(Com Reuters)
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