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Petrobras desaba mais de 10%, pior queda diária desde 2008; Bolsa cai 2,36%

Do UOL, em São Paulo

02/12/2013 17h41Atualizada em 02/12/2013 18h44

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 2,36%, aos 51.244,87 pontos, nesta segunda-feira (2). Foi a maior queda desde 30 de setembro, quando a Bolsa recuou 2,61%. 

O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo péssimo desempenho das ações da Petrobras. As ações ordinárias da estatal (PETR3), que dão direito a voto, desabaram 10,37%, a R$ 16,42. As preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, também perderam muito: 9,21%, a R$ 17,36. Foi a pior queda diária da Petrobras desde dezembro de 2008.

Analistas criticaram a decisão da Petrobras de não divulgar detalhes sobre a nova metodologia de reajustes de combustíveis, alegando que a falta de clareza sobre os critérios mantém incertezas para o mercado. 

Na última sexta-feira (29), a Petrobras anunciou o reajuste de preços nas refinarias de 4% na gasolina e de 8% para o diesel, já como consequência de uma nova política de preços. No entanto, a empresa disse que "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia". 

Dólar sobe 0,75%, a R$ 2,355, maior valor em três meses

dólar comercial fechou em alta de 0,75%, a R$ 2,355 na venda. Foi o maior valor de fechamento desde 4 de setembro, quando a moeda norte-americana fechou a R$ 2,357. 

Os investidores estavam pessimistas com a situação fiscal brasileira; além disso, havia a preocupação de o Fed, banco central dos Estados Unidos, comece a reduzir seus estímulos em breve. 

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Ações de destaque da Bovespa

As ações da Petrobras lideraram as quedas da Bovespa nesta segunda-feira. As ações ordinárias da estatal (PETR3) desabaram 10,37%; as preferenciais (PETR4) tiveram forte queda de 9,21%.

A empresa de logística LLX (LLXL3) seguiu a lista de quedas, com desvalorização de 9,09%, a R$ 0,90.

A B2W (BTOW3), empresa de comércio online que é dona dos sites das Lojas Americanas e Submarino, recuou 5,55%, a R$ 13,27. A construtora e incorporadora  Rossi (RSID3) apareceu em seguida, com perdas de 4,63%, a R$ 2,06.

Na ponta oposta, a produtora e exportadora de papéis Klabin (KLBN4) liderou as altas da Bolsa, com valorização de 2,07%, a R$ 12,35. A distribuidora de energia elétrica Eletropaulo (ELPL4) ficou em segundo, com avanço de 1,06%, a R$ 9,56.

A petroquímica Braskem (BRKM5) subiu 0,96%, a R$ 21,00. 

Bolsas internacionais

Na Europa, a maioria das Bolsas fechou em queda nesta segunda-feira. Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,83%. Em Frankfurt, o índice DAX fechou praticamente estável, com leve queda de 0,04%.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,22%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,52%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 0,94%. Em Lisboa, o índice PSI20 fechou quase estável, com leve alta de 0,02%.

Na Ásia, as Bolsas oscilaram pouco. O índice japonês Nikkei fechou praticamente estável, com leve queda de 0,04%, depois de ter acumulado ganhos de 9,3% no mês de novembro.  A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,59%; Seul perdeu 0,69%; e Sydney recuou 0,76%.

A Bolsa de Taiwan fechou quase estável, com leve alta de 0,09%. Hong Kong subiu 0,66%, e Cingapura avançou 0,39%.

(Com Reuters)