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Banco Central estende programa de intervenções no câmbio

Do UOL, em São Paulo

09/06/2014 08h43

O Banco Central brasileiro anunciou nesta sexta-feira (6) a extensão do programa de intervenção no mercado de câmbio a partir de 1º de julho. De acordo com a instituição, serão mantidos os leilões de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. 

A intenção é aumentar a circulação da moeda, em uma semana em que o dólar voltou a se aproximar do nível de R$ 2,30.

Em comunicado divulgado após o fechamento do mercado, o BC não deu detalhes do programa, como prazo e montante das operações. 

"Considerando que a necessidade de proteção cambial (hedge) demandada pelos agentes econômicos vem sendo atendida pelo programa de leilões de swap e venda de dólares, e ainda com o objetivo de continuar provendo hedge cambial e liquidez ao mercado de câmbio, o BC estenderá, a partir de 1º de julho de 2014, o programa de leilões de swap cambial", disse o BC em comunicado.

Programa de intervenções

O BC faz leilões de venda de dólares em uma tentativa de segurar a tendência de alta da moeda norte-americana. Com mais dólares sendo ofertados, o preço da moeda tende a cair.

O programa de intervenções foi anunciado em 22 de agosto de 2013, para tentar controlar a forte alta do dólar. Trata-se da maior intervenção deste tipo desde o estouro da crise econômica, em 2008.

Em dezembro do ano passado, quando o dólar estava mais controlado, o BC anunciou novas regras para a realização das intervenções, diminuindo a oferta de contratos ao longo da semana.

Na época, o BC informou que isso ocorreria "pelo menos até 30 de junho de 2014".

Nos últimos dois meses, o dólar oscilou dentro de uma faixa informal de R$ 2,20 a R$ 2,25, patamar que o mercado acredita agradar o BC por não ser inflacionário e não afetar as exportações do país.

Nesta semana, contudo, a moeda norte-americana acabou sendo pressionada e chegou a encostar em R$ 2,30, mas recuou a partir de quinta-feira. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou medidas expansionistas, que indicam maior circulação de moeda no mercado internacional. O dólar encerrou a semana abaixo de R$ 2,25.

Outras medidas

O governo também anunciou nesta semana o fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos feitos por empresas no exterior de prazo entre 181 e 360 dias, outra medida com potencial de aumentar o ingresso de dólares no país. 

O IOF com alíquota de 6% passou a incidir apenas nas operações com prazo inferior a seis meses.

De modo geral, operadores e especialistas em mercado de câmbio já esperavam que o BC ampliasse seu programa de intervenções, até para evitar que uma interrupção abrupta gerasse instabilidade no mercado.

(Com Reuters)

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