Dólar fecha em alta pelo segundo dia seguido e se aproxima de R$ 2,25
O dólar comercial fechou em alta pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (30), com avanço de 0,52%, a R$ 2,243 na venda. Segundo dados da BM&F, os negócios do dia movimentaram cerca de US$ 2 bilhões.
A última vez que o dólar fechou acima de R$ 2,25 foi em 17 de julho, quando a queda de um avião malaio no leste da Ucrânia provocou aversão a risco generalizada; a moeda voltou a patamares mais baixos já no dia seguinte.
A economia dos Estados Unidos cresceu acima da expectativa no segundo trimestre, segundo dados divulgados hoje (leia mais abaixo). Isso aumenta a expectativa de que o país comece a subir a taxa de juros logo.
Juros mais altos nos EUA atrairiam mais dinheiro para lá, onde os negócios são considerados mais seguros, e tiraria recursos que estão atualmente investidos em países emergentes, como é o caso do Brasil.
Aqui no Brasil, as atuações diárias do BC no mercado de câmbio também influenciaram o resultado do dólar. A moeda tem operado entre R$ 2,20 e R$ 2,25 desde o início de abril, com apenas breves exceções nos últimos dois meses. Boa parte dos especialistas avalia que dentro desse limite o dólar agrada o BC, porque não impacta a inflação nem as exportações.
BC dos EUA corta pacote de estímulos
O Federal Reserve, o banco central norte-americano, anunciou nesta quarta o corte de US$ 10 bilhões em seu pacote mensal de estímulos à economia. O programa de recompra de títulos continua funcionando, mas agora no volume de US$ 25 bilhões por mês.
Foi o sexto corte consecutivo no programa, e já era esperado pelos investidores. As preocupações se voltavam para o momento em que o Fed deve subir as taxas de juros, o que poderia tornar os Estados Unidos atraentes para investimentos que hoje estão em outros mercados.
No entanto, o Fed avaliou que, apesar de a inflação estar sob controle e as taxas de emprego apontarem melhora, os juros podem se manter baixos ainda durante algum tempo.
PIB dos EUA cresce 4% no 2º trimestre
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou que a economia do país cresceu a uma taxa anualizada de 4% no segundo trimestre, se recuperando da queda de 2,1% no trimestre anterior.
Analistas avaliam que, com este resultado, o país tem potencial para crescer mais de 2% neste ano, apesar de o FMI (Fundo Monetário Internacional) ter cortado sua expectativa para o PIB norte-americano de 2% para 1,7%, na terceira revisão para baixo em quatro meses.
BC faz rolagem de 7.000 contratos de dólar que vencem em agosto
O Banco Central realizou nesta quarta-feira mais um leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de agosto.
Foram vendidos 7.000 swaps com vencimento em 1º de julho de 2015. O BC também ofertou contratos para 4 de maio de 2015, mas não vendeu nenhum. A operação movimentou o equivalente a US$ 345,5 milhões.
Com o resultado, o BC já rolou o equivalente a US$ 6,579 bilhões, ou cerca de 70% do total que vence no próximo mês, correspondente a US$ 9,457 bilhões.
Atuações diárias do BC brasileiro no mercado de dólar
O BC manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em junho.
Foram vendidos 4.000 contratos de swap cambial com vencimento em 2 de fevereiro de 2015. O BC também ofertou contratos com vencimento em 1º de junho do ano que vem, mas não vendeu nenhum. A operação movimentou o equivalente a US$ 198,8 milhões.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.