IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Bolsa cai 1,68%, puxada por estatais e Vale, e atinge menor nível em 1 mês

Do UOL, em São Paulo

22/09/2014 17h50Atualizada em 22/09/2014 18h01

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,68% nesta segunda-feira (22), a 56.818,11 pontos. É o menor valor de fechamento em mais de um mês, desde 14 de agosto, quando a Bolsa encerrou a 55.780,41 pontos. 

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,92%, cotado a R$ 2,394 na venda. É o maior valor de fechamento em sete meses, desde 18 de fevereiro, quando a moeda encerrou a R$ 2,398.

As ações das empresas estatais foram a principal influência negativa do Ibovespa. Elas têm sido fortemente impactadas pelo cenário eleitoral. As ações preferenciais da Eletrobras (com prioridade na distribuição de dividendos) tiveram a maior queda do índice, de mais de 4%.

As ações ordinárias do Banco do Brasil (com direito a voto) tiveram a segunda maior baixa, também acima de 4%. O papéis ordinário da Petrobras caíram mais de 2%.

A mineradora Vale também teve queda expressiva.

O mercado aguarda novas pesquisas nesta semana, como Vox Populi e Ibope. De acordo com a agência de notícias Reuters, o clima entre investidores era de incerteza. Os últimos levantamentos apontaram certa recuperação do candidato do PSDB, Aécio Neves. Mas nas simulações de segundo turno, a disputa segue bastante acirrada entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).

Ainda de acordo com a Reuters, isso afeta as expectativas do mercado de uma possível derrota de Dilma. 

Estatais e Vale puxam queda da Bolsa

Os papéis preferenciais da Eletrobras (ELET6) caíram 4,81%, a R$ 10,48. Os ordinários (ELET3) perderam 3,96%, a R$ 7,27. 

A ação ordinária do Banco do Brasil (BBAS3) encerrou em baixa de 4,74%, a R$ 30,55. O banco não tem ações preferenciais.

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) recuaram 2,27%, para R$ 19,40. As preferenciais (PETR4) tiveram desvalorização de 1,53%, a R$ 20,59. 

As preferenciais da Vale (VALE5) caíram 4,14%, a R$ 23,87; as ordinárias (VALE3) perderam 3,67%, a R$ 27,28.

Indústria da China preocupa no exterior

Os investidores internacionais estavam preocupados, antecipando o resultado de uma pesquisa sobre o setor industrial da China que vai ser divulgada na terça-feira (23).

Espera-se que o setor industrial da segunda maior economia do mundo tenha retraído na primeira metade de setembro. Pelos critérios do PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês), um resultado abaixo de 50 pontos indicaria contração da atividade.

O ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, afirmou no fim de semana que o país não vai alterar dramaticamente sua política econômica por causa de um único indicador econômico, frustrando as expectativas do mercado por novos estímulos econômicos. 

Com isso, as principais Bolsas da Europa tiveram baixa, com destaque para a Bolsa de Milão, que teve queda de 1,43%; o Financial Times, de Londres, recuou 0,94%; Frankfurt, na Alemanha, perdeu 0,51%.

A Bolsa de Madri fechou em queda de 0,49%; Paris perdeu 0,42%; e Lisboa teve baixa de 0,38%.

As ações asiáticas também fecharam em queda: a Bolsa de Xangai teve a maior queda, de 1,7%; a Bolsa de Hong Kong fechou em baixa de 1,44%; Sydney, na Austrália, perdeu 1,29%; Taiwan recuou 1,14%.

As Bolsas do Japão e da Coreia do Sul tiveram queda de 0,71% cada uma; o índice de Cingapura caiu 0,26%.

(Com Reuters) 

Saiba quais são os motivos do sobe e desce do dólar, as medidas adotadas pelo governo e quem essa oscilação beneficia

Entenda