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Bolsa cai 1% no dia e fecha mês com queda de 11,7%, maior tombo em 2 anos

Do UOL, em São Paulo

30/09/2014 17h34Atualizada em 30/09/2014 17h52

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,93% nesta terça-feira (30), a 54.115,98 pontos.

No mês, a Bolsa acumulou queda de 11,7%, a maior perda mensal desde maio de 2012, quando a baixa foi de 11,86%. No ano, até agora, a Bovespa mantém alta de 5,06%.

"Houve uma euforia em agosto com uma possível alternância de governo, mas conforme Marina perdeu fôlego nas intenções de votos, com essa tendência se confirmando paulatinamente, acabou ocorrendo uma reavaliação de risco e uma forte realização de lucros", disse Julio Erse, gestor na NP Investimentos, à agência de notícias Reuters.

Segundo a agência, analistas e profissionais do mercado financeiro veem com bons olhos uma mudança de governo, por acreditarem que a política econômica seria alterada.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,31%, a R$ 2,448 na venda, com investidores aproveitando a alta recente para vender dólares e embolsar o "lucro".

No mês, no entanto, a moeda acumulou alta de 9,33%, no maior avanço mensal desde setembro de 2011, quando tinha subido 18,35%. No trimestre, a alta do dólar é de 10,77%. No ano, até agora, o dólar acumula alta de 3,84%.

Principais ações perdem até 27% no mês

As ações de empresas mais influenciadas pelas pesquisas eleitorais chegaram a acumular perdas de quase 30% no mês. Estatais e bancos foram os mais afetados.

O papel do Banco do Brasil (BBAS3) foi de R$ 34,99 no final de agosto para R$ 25,30 nesta terça, uma perda de 27,69% no mês (e de 7,26% só nesta terça).

A ação preferencial da Petrobras (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, caiu de R$ 23,35 para R$ 18,09, ou 22,53% em setembro.

Outra estatal, a Eletrobras (ELET6) registoru perdas de 18,22% entre a última sessão de agosto e hoje, passando de R$ 12,35 para R$ 10,10.

O Itaú (ITUB4) caiu de R$ 40,36 para R$ 33,87, queda de 16%. O Bradesco (BBDC4) saiu de R$ 40,84 em agosto para R$ 34,84 em setembro, queda de 14,7%.

Bolsas internacionais

As principais Bolsas de Valores internacionais fecharam sem uma tendência definida nesta terça, com as preocupações dos investidores focadas em questões locais.

Na Europa, a maioria das Bolsas teve alta. A Bolsa de Milão, na Itália, fechou com ganhos de 1,78%; a da França subiu 1,33%; a da Espanha avançou 1,31%.

Em Lisboa, a Bolsa de Portugal teve alta de 0,62%, enquanto a da Alemanha ganhou 0,55%. Na contramão, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,36%.

Na Ásia, a Bolsa de Hong Kong perdeu mais de 1% novamente, por causa da insegurança causada pelos protestos populares no país. O índice Hang Seng perdeu 1,28%.

Também fecharam em queda as Bolsas do Japão (-0,84%), de Cingapura (-0,39%) e da Coreia do Sul (-0,32%). O índice de Taiwan fechou quase estável, com leve alta de 0,07%. A Bolsa da Austrália subiu 0,54%, e a da China ganhou 0,26%.

(Com Reuters) 

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