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Após eleição, dólar tem maior queda desde abril e fecha a R$ 2,427

Do UOL, em São Paulo

06/10/2014 17h11Atualizada em 06/10/2014 17h39

dólar comercial fechou em queda de 1,43%, a R$ 2,427 na venda, na primeira sessão após o primeiro turno das eleições no Brasil. É a maior queda percentual diária desde 4 de abril, quando o dólar tinha caído 1,7%.

Logo no início dos negócios, o dólar chegou a cair 3% e voltar ao nível de R$ 2,38. Operadores ouvidos pela agência de notícias Reuters, no entanto, avaliam que a queda inicial foi exagerada, e que depois a tendência se estabilizou.

A eleição presidencial foi para o segundo turno, e será disputada entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no próximo dia 26.

Analistas consultados pela Reuters dizem acreditar que a instabilidade no mercado financeiro deve continuar pelas próximas três semanas.

Instabilidade ainda não acabou

Os mercados financeiros devem subir no curto prazo, mas a instabilidade deve continuar, pelo menos, ao longo das próximas três semanas, até o segundo turno das eleições definir quem vai comandar o país a partir de 2015, segundo analistas consultados pela agência de notícias Reuters.

Os economistas disseram acreditar que Aécio Neves (PSDB) "chega à segunda etapa da corrida pela presidência em pé de igualdade com a presidente Dilma Rousseff (PT)".

Dilma tem sido criticada pelo mercado financeiro pela condução da política econômica, sobretudo pela falta de transparência na administração das contas públicas e pela intervenção nas empresas estatais.

Leilões do BC

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções no mercado de câmbio, vendendo todos os 4.000 contratos ofertados de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.

Foram vendidos 2.000 contratos com vencimento em 1º de junho do ano que vem, e 2.000 com vencimento em 1º de setembro de 2015. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,7 milhões.

Além disso, o BC vendeu a oferta total de até 8.000 swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro.

Foram vendidos 600 contratos para 3 de agosto de 2015, e 7.400 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 393,4 milhões.

Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 1,573 bilhão, ou cerca de 18% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.

Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês, como tem feito nos últimos lotes, o banco vai conseguir estender o vencimento de praticamente todo o volume de novembro.

(Com Reuters e Valor)

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