Ações da Petrobras despencam mais de 7% e puxam queda de 3,27% da Bolsa
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve a segunda queda acentuada seguida nesta quinta-feira (16), de 3,27%, aos 54.298,33 pontos. Na véspera, a Bolsa já tinha caído 3,24% e, com isso, acumulou perdas de 6,41% em dois dias.
Pesou o cenário eleitoral, mas também preocupações com o crescimento global.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, foram as mais negociadas desta sessão e tiveram a maior queda do Ibovespa, de 7,44%, a R$ 18,65. Na sessão anterior, as ações da estatal já tinham caído 6,93%. O tombo nos dois dias chega a 13,86%.
As ações ordinárias da estatal (PETR3), com direito a voto, tiveram a terceira maior baixa do Ibovespa, de 7,26%, a R$ 17,64. Na véspera, elas já tinham caído 6,86%. As perdas nos dois dias somam 13,61%.
As ações das estatais Banco do Brasil e Eletrobras e as dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco também tiveram quedas expressivas.
As quatro empresas e a Petrobras têm grande peso sobre o Ibovespa e têm sido fortemente influenciadas pelo cenário eleitoral.
No mercado de câmbio, o dólar comercial teve a terceira alta seguida e fechou com valorização de 0,28%, cotado a R$ 2,465 na venda. Na véspera, o dólar já tinha avançado 2,38%.
Estatais e bancos puxam queda da Bolsa
Os papéis ordinários da Eletrobras (ELET3) perderam 3,82%, a R$ 6,55. O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 2,63%, a R$ 31,16.
As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram desvalorização de 3,54%, a R$ 36,20. O Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 2,65%, a R$ 35,66.
Corrida eleitoral
Divulgadas na noite desta quarta-feira (15), pesquisas Datafolha e Ibope mostram que o candidato Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) continuam tecnicamente empatados na corrida presidencial.
"O mercado estava fazendo apostas grandes demais numa vitória do Aécio. As pesquisas mostram que não vai ser tão fácil assim", disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca, à agência de notícias Reuters.
Também azedou o humor do mercado o fato de ter subido a rejeição sobre o tucano, preferido dos mercados financeiros por prometer uma política econômica mais ortodoxa, ainda de acordo com operadores ouvidos pela Reuters.
Bolsas da Ásia e da Europa fecham em queda
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em queda, com exceção da Alemanha, que subiu 0,13%. O mercado de ações de Portugal teve a maior baixa, de 3,21%. A Bolsa da Espanha registrou perda de 1,72%, e a da Itália teve desvalorização de 1,21%. A Inglaterra recuou 0,25%, e a França perdeu 0,54%.
As principais Bolsas da Ásia também fecharam em queda. A Bolsa do Japão teve a maior baixa da região, perdendo 2,22%; o índice de Cingapura recuou 1,39%; e o de Hong Kong caiu 1,03%. Xangai, na China, recuou 0,72%; a Coreia do Sul perdeu 0,37%; Taiwan teve queda de 0,25%. Na contramão, a Bolsa da Austrália fechou em alta de 0,18%.
(Com Reuters)
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