Bolsa chega a subir mais de 3% e dólar cai na expectativa por novo ministro
O Ibovespa, principal índice da Bolsa, operava em alta de 2,12%, a 54.536,85 pontos por volta de 15h10 desta sexta-feira (21). Mais cedo, o índice chegou a subir mais de 3%.
O dólar comercial apresenta queda de 1,89% nesta sexta-feira (21), indo ao patamar de R$ 2,5255, repercutindo positivamente o noticiário sobre a próxima equipe econômica, que gerou nos investidores a sensação de que a presidente Dilma Rousseff estaria mais aberta a mudanças em sua política econômica, criticada por gerar inflação alta e crescimento baixo.
As ações de bancos, da Petrobras (PETR3 e PETR4) e da Vale (VALE3 e VALE5) são as principais influências positivas na Bolsa nesta sexta. As ações da Vale estão entre as maiores altas do índice, de cerca de 8%.
As ações da Petrobras avançavam mais de 4%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) subia 4,14%, Itaú Unibanco (ITUB4) avançava 2,29% e Bradesco (BBDC4) registrava elevação de 3,04%.
O volume financeiro do pregão somava cerca de R$ 2,7 bilhões.
"Ela [a presidente Dilma] percebeu que vai ter que chamar alguém para botar ordem na casa", disse o superintendente de derivativos da CGD, Jayro Rezende, ressaltando que o mercado vai buscar sinais de que essa postura será adotada de forma duradoura, e não apenas como uma solução de curto prazo.
Os nomes mais citados pela imprensa nos últimos dias para assumir cargos chave na equipe econômica são o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy e o atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
A trinca agradou o mercado, que também interpretou positivamente notícias de que Dilma teria oferecido o posto de ministro da Fazenda ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que teria recusado o convite.
Mesmo assim, o mercado entendeu que, ao buscar um profissional com perfil mais pró-mercado, a presidente já teria se convencido de que mudanças na atual política econômica são necessárias.
A queda do dólar no mercado doméstico também acompanha o movimento da divisa em outros mercados, após a China cortar sua taxa básica de juros pela primeira vez em mais de dois anos. Segundo analistas, a decisão aumenta a atratividade de ativos de países como o Brasil.
"O cenário doméstico e o internacional estão favoráveis hoje, abrindo espaço para um alívio relevante", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
A divisa dos EUA recuava contra moedas como os pesos chileno e mexicano.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até quatro mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,2 mil contratos para 1º de junho e 1,8 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.
O BC também vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a US$ 9,831 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 68% do lote total.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.