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Bolsa chega a subir mais de 3% e dólar cai na expectativa por novo ministro

Do UOL, em São Paulo

21/11/2014 09h59Atualizada em 21/11/2014 15h11

Ibovespa, principal índice da Bolsa, operava em alta de 2,12%, a 54.536,85 pontos por volta de 15h10 desta sexta-feira (21). Mais cedo, o índice chegou a subir mais de 3%.

O dólar comercial apresenta queda de 1,89% nesta sexta-feira (21), indo ao patamar de R$ 2,5255, repercutindo positivamente o noticiário sobre a próxima equipe econômica, que gerou nos investidores a sensação de que a presidente Dilma Rousseff estaria mais aberta a mudanças em sua política econômica, criticada por gerar inflação alta e crescimento baixo.

As ações de bancos, da Petrobras (PETR3 e PETR4) e da Vale (VALE3 e VALE5) são as principais influências positivas na Bolsa nesta sexta. As ações da Vale estão entre as maiores altas do índice, de cerca de 8%. 

As ações da Petrobras avançavam mais de 4%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) subia 4,14%, Itaú Unibanco (ITUB4) avançava 2,29% e Bradesco (BBDC4) registrava elevação de 3,04%.

O volume financeiro do pregão somava cerca de R$ 2,7 bilhões.

"Ela [a presidente Dilma] percebeu que vai ter que chamar alguém para botar ordem na casa", disse o superintendente de derivativos da CGD, Jayro Rezende, ressaltando que o mercado vai buscar sinais de que essa postura será adotada de forma duradoura, e não apenas como uma solução de curto prazo.

Os nomes mais citados pela imprensa nos últimos dias para assumir cargos chave na equipe econômica são o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy e o atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. 

A trinca agradou o mercado, que também interpretou positivamente notícias de que Dilma teria oferecido o posto de ministro da Fazenda ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que teria recusado o convite.

Mesmo assim, o mercado entendeu que, ao buscar um profissional com perfil mais pró-mercado, a presidente já teria se convencido de que mudanças na atual política econômica são necessárias.

A queda do dólar no mercado doméstico também acompanha o movimento da divisa em outros mercados, após a China cortar sua taxa básica de juros pela primeira vez em mais de dois anos. Segundo analistas, a decisão aumenta a atratividade de ativos de países como o Brasil. 

"O cenário doméstico e o internacional estão favoráveis hoje, abrindo espaço para um alívio relevante", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

A divisa dos EUA recuava contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até quatro mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,2 mil contratos para 1º de junho e 1,8 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a US$ 9,831 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 68% do lote total. 

(Com Reuters)