Petrobras dispara mais de 6% e ajuda Bolsa a fechar no azul, após 4 quedas
As ações da Petrobras dispararam nesta quinta-feira (15) e ajudaram a Bolsa a fechar no azul, após quatro dias seguidos em baixa.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,8%, aos 48.026,31 pontos. Na semana, a Bovespa acumula queda de 1,67%. No mês e no ano, tem perdas de 3,96%. Os negócios do dia movimentaram R$ 7 bilhões.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, subiram 6,86%, a R$ 9,34. As ações ordinárias (PETR3), com direito a voto, tiveram valorização de 8,82%, a R$ 9,25.
Entre os motivos da alta estavam a alta do petróleo na véspera e a confirmação de que a estatal divulgará o balanço do terceiro trimestre no dia 27 de janeiro se o Conselho de Administração aprovar.
"Há muita especulação e giro com Petrobras. Dados de produção e repiques do petróleo ajudam, mas boa parte dos investidores ainda aguarda a poeira baixar", disse o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, em entrevista à agência de notícias Reuters.
Ações de destaque
Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) chegaram a avançar mais de 2% cada, mas fecharam em queda de 0,88% e 1,02%, respectivamente.
As ações da Kroton (KROT3) e Estácio (ESTC3) voltaram a recuar, em meio às recentes mudanças nas regras dos programas de financiamento ao ensino.
Algumas ações do setor elétrico, principalmente de companhias geradoras como a Cesp (CESP6) também recuaram, com incertezas ainda presentes no setor.
Os papéis da Multiplan (MULT3) avançaram 3,32%, após a empresa divulgar que as vendas em shoppings no quarto trimestre somaram R$ 4,1 bilhões, alta de 11,3%.
Vale experimentou uma trégua, após despencar 8% na véspera, com as preferenciais (VALE5) fechando em alta de 0,82%.
Embraer (EMBR3) subiu 0,79% após perdas expressivas na quarta-feira.
Marfrig (MRFG3) fechou em alta de 6,85%, após anúncio da saída de Sérgio Rial e entrada do executivo Martin Secco Arias para assumir a presidência-executiva. Na véspera, os papéis haviam recuado com força no final do pregão.
Dólar sobe 0,8% e vale R$ 2,642, após ficar abaixo de R$ 2,60 durante o dia
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,8%, cotado a R$ 2,642 na venda, após duas quedas seguidas.
Durante o dia, o dólar chegou a operar em queda e ficou abaixo de R$ 2,60, o que levou investidores a comprar a moeda, aproveitando a cotação considerada barata.
Suíça gera 'tumulto financeiro'
O banco central da Suíça anunciou mais cedo o fim das medidas que mantinham a moeda nacional artificialmente baixa em relação ao euro, com a taxa de câmbio mínima de 1,20 franco suíço por euro. A decisão foi inesperada.
Na Bolsa de Zurique, o principal índice acionário do país, o SMI, caiu 8,67%, na maior queda diária em pelo menos 25 anos. As ações do banco UBS despencaram 11,74% e as do Credit Suisse, 10,99%.
Bolsas internacionais têm altas expressivas
Tirando a Suíça, as demais Bolsas da Europa fecharam com altas expressivas. Em Londres, o índice avançou 1,73%; em Frankfurt, 2,2%; em Paris, 2,37%. A Bolsa de Milão subiu 2,36%; a de Madri, 1,39%; e a de Lisboa, 1,31%.
As principais Bolsas da Ásia e do Pacífico também tiveram altas expressivas, após uma recuperação dos preços do petróleo e do cobre, que deixou os investidores otimistas.
A Bolsa de Xangai, na China, saltou 3,52%; o índice Nikkei, do Japão, avançou 1,86%; e Hong Kong subiu 0,99%. Cingapura fechou em alta de 0,38%, e Coreia do Sul ficou quase estável, com leve alta de 0,03%. Na contramão, a Bolsa da Austrália perdeu 0,42% e a de Taiwan, 0,16%.
(Com Reuters)
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