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Dólar cai 0,58%, a R$ 3,173, no 1º dia após fim da intervenção do BC

Do UOL, em São Paulo

01/04/2015 17h05

O dólar comercial começou o mês com queda de 0,58% e encerrou esta quarta-feira (1º) cotado a R$ 3,173 na venda.

Foi o primeiro dia sem venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, como já anunciado.

Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,26% e encerrado março com alta acumulada de 11,73%.

O mercado avaliou de forma positiva as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, feitas na véspera defendendo a importância do ajuste das contas públicas para garantir que o país não perca o grau de investimento.

O governo vem tentando fazer o que chama de ajuste fiscal, por meio de corte de gastos e aumento de impostos. Algumas medidas, porém, precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional.

Atritos entre o governo e o Congresso vêm dificultando a aprovação do ajuste, deixando investidores preocupados. No mês passado, o dólar sofreu fortes oscilações devido a incertezas com a viabilidade do ajuste.

Atuações do BC

Hoje foi o primeiro dia após o fim do programa de atuações do Banco Central no mercado de câmbio; o BC vendia, todo dia, novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana.

O BC, no entanto, deve continuar rolando os contratos –vendidos no passado- que vencem no começo de todo mês.

Nesta sessão, o BC realizou o primeiro leilão de rolagem dos swaps que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil contratos: 4.000 para 1º de março de 2016 e os outros 6.600 com vencimento 3 de outubro do ano que vem.

A operação movimentou o equivalente a US$ 512 milhões. Com isso, o BC rolou o equivalente a cerca de 5% do lote total, correspondente a US$ 10,115 bilhões.

Mercado externo

A queda do dólar também foi influenciada por dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. O setor privado norte-americano criou 189 mil vagas em março, abaixo da expectativa e o menor nível desde janeiro de 2014.

Dados sobre a economia dos EUA, principalmente os relativos ao mercado de trabalho, são muito analisados por investidores, pois podem indicar quando o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) deve começar a subir as taxas de juros no país.

Juros mais altos lá poderiam atrair para os EUA recursos atualmente investidos em outros países como o Brasil. 

(Com Reuters)