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Dólar sobe no dia e volta a R$ 3; em abril, cai 5,6%, após 7 meses de alta

Do UOL, em São Paulo

30/04/2015 17h09Atualizada em 30/04/2015 17h10

O dólar comercial fechou em alta pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira (30), subindo 1,88%, para R$ 3,013 na venda.

Apesar do resultado do dia, a moeda acumulou queda de 5,57% em abril, a primeira desvalorização depois de sete meses de alta.

No Brasil, os investidores estavam preocupados com a economia do setor público para pagar os juros da dívida, que foi de R$ 239 milhões em março, bem abaixo dos R$ 5,15 bilhões esperados por analistas. 

Os investidores avaliaram que os obstáculos políticos podem atrasar a tentativa de equilibrar as contas públicas, medida essencial para resgatar a credibilidade do país perante o mercado.

Dados dos EUA

Uma série de dados econômicos positivos dos Estados Unidos fazia com que as principais moedas emergentes se desvalorizassem em relação ao dólar.

Investidores têm buscado pistas sobre quando o Federal Reserve, banco central dos EUA, pretende começar a elevar os juros. 

Na véspera, o crescimento econômico fraco do país no primeiro trimestre alimentou expectativas de que isso pode demorar mais que o esperado para acontecer.

Os indicadores econômicos desta sessão, no entanto, sugeriram que o mau desempenho pode não ter se estendido ao longo do ano.

Atuações do BC brasileiro

Os investidores também estavam de olho nos leilões de contratos de dólar do Banco Central.

A instituição ainda não anunciou o início da rolagem dos contratos que vencem em 1º de junho, que equivalem a US$ 9,656 bilhões, após rolar quase integralmente o lote que vencia em maio.

"O mercado está um pouco mais tranquilo, então talvez (o BC) espere um pouco para ver se esse alívio dura ou role um pouco menos do que 100%", disse o operador de um importante banco nacional.

Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde então.

(Com Reuters)