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Dólar anula alta da véspera e fecha em queda de 1,6%, a R$ 3,096

Do UOL, em São Paulo

02/07/2015 17h09Atualizada em 02/07/2015 17h09

dólar comercial fechou em queda de 1,56% nesta quinta-feira (2), cotado a R$ 3,096 na venda.

Na véspera, a moeda tinha subido 1,16%, para R$ 3,14, no maior nível em quase um mês.

    Dados dos EUA deixam investidores otimistas

    O movimento de queda do dólar no Brasil acompanhou o cenário externo; em outros mercados, a moeda norte-americana também se desvalorizou.

    A criação de novas vagas de emprego no país desacelerou nos Estados Unidos em junho, e os norte-americanos deixaram a força de trabalho em massa.

    "O número principal veio fraco e os salários não subiram. É uma surpresa, porque parecia que os Estados Unidos estavam se recuperando com rapidez", disse à agência de notícias Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

    Assim, aumentaram as apostas de que uma alta dos juros por lá ainda deve demorar. O nível de emprego tem sido citado pelo Federal Reserve, o banco central do país, como principal critério para definir o momento em que os juros irão subir.

    Enquanto os juros estiverem baixos nos Estados Unidos, investidores tendem a preferir manter seu dinheiro em mercados nos quais os rendimentos são maiores, como o Brasil.

    Investidores também continuavam monitorando os desdobramentos da crise da dívida da Grécia, a poucos dias de um referendo no fim de semana que pode decidir o futuro do país na zona do euro. 

    De maneira geral, operadores avaliam que a eventual saída da Grécia do bloco teria pequeno impacto no Brasil.

    Atuações do BC no câmbio

    O Banco Central deu continuidade à rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em agosto, vendendo a oferta integral de até 7.100 contratos.

    Se o BC mantiver o ritmo atual e vender a oferta integral até o penúltimo do mês, rolará 70% do lote total, equivalente a US$ 10,675 bilhões. Essa fatia seria aproximadamente igual à do mês passado e operadores esperam que, se vir a oportunidade, o BC pode aproveitar para reduzir a oferta de contratos.

    Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

    (Com Reuters)