Dólar cai forte no dia, mas tem 3ª semana seguida de alta, e vale R$ 3,161
Após quatro altas consecutivas, o dólar comercial fechou em queda de 2,3% nesta sexta-feira (10), a R$ 3,161 na venda.
Na semana, a terceira seguida de alta, a moeda norte-americana subiu 0,7% e, no mês, acumula alta de 1,68%.
Na véspera, o dólar havia fechado praticamente estável, com leve alta de 0,06%, a R$ 3,236, em dia de poucos negócios devido ao feriado da Revolução Constitucionalista no Estado de São Paulo.
Proposta de acordo da Grécia afeta o mercado
No dia, influenciou o mercado de câmbio a apresentação de uma proposta detalhada da Grécia aos credores para tentar chegar a um acordo e receber ajuda financeira. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu ao parlamento do país que apoie o plano.
A proposta e o pedido de resgate financeiro serão discutidos pelos países da zona do euro no sábado (11).
A crise da dívida da Grécia tem afetado a cotação do dólar nas últimas semanas.
"Com notícias de que a chance de acordo com a Grécia avança, o dólar vai perdendo o ímpeto que vinha mostrando nos últimos dias", disse à agência de notícias Reuters o economista-chefe do BESI Brasil, Jankiel Santos.
Bolsa da China volta a subir
As sucessivas quedas na Bolsa da China também vinham contribuindo para a alta do dólar, por gerar preocupação sobre a desaceleração da economia chinesa.
Nesta sexta, porém, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 4,54%, após o governo chinês anunciar medidas para conter a desvalorização.
BC dos EUA fala em subir as taxas de juros neste ano
Nos Estados Unidos, a presidente do banco central (Federal Reserve), Janet Yellen, disse nesta sexta que o órgão espera subir as taxas de juros ainda nesta ano. Yellen afirmou, porém, que ainda há preocupação sobre a recuperação do mercado de trabalho no país.
A alta dos juros nos EUA é vista como negativa por investidores porque pode fazer com que os recursos que hoje estão em países emergentes, como o Brasil, sejam transferidos para lá.
Atuação do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 2,107 bilhão --por volta de 20% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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