IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Dólar cai forte no dia, mas tem 3ª semana seguida de alta, e vale R$ 3,161

Do UOL, em São Paulo

10/07/2015 17h11Atualizada em 10/07/2015 17h11

Após quatro altas consecutivas, o dólar comercial fechou em queda de 2,3% nesta sexta-feira (10), a R$ 3,161 na venda.

Na semana, a terceira seguida de alta, a moeda norte-americana subiu 0,7% e, no mês, acumula alta de 1,68%.

Na véspera, o dólar havia fechado praticamente estável, com leve alta de 0,06%, a R$ 3,236, em dia de poucos negócios devido ao feriado da Revolução Constitucionalista no Estado de São Paulo.

    Proposta de acordo da Grécia afeta o mercado

    No dia, influenciou o mercado de câmbio a apresentação de uma proposta detalhada da Grécia aos credores para tentar chegar a um acordo e receber ajuda financeira. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu ao parlamento do país que apoie o plano.

    A proposta e o pedido de resgate financeiro serão discutidos pelos países da zona do euro no sábado (11).

    A crise da dívida da Grécia tem afetado a cotação do dólar nas últimas semanas. 

    "Com notícias de que a chance de acordo com a Grécia avança, o dólar vai perdendo o ímpeto que vinha mostrando nos últimos dias", disse à agência de notícias Reuters o economista-chefe do BESI Brasil, Jankiel Santos.

    Bolsa da China volta a subir

    As sucessivas quedas na Bolsa da China também vinham contribuindo para a alta do dólar, por gerar preocupação sobre a desaceleração da economia chinesa.

    Nesta sexta, porém, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 4,54%, após o governo chinês anunciar medidas para conter a desvalorização. 

    BC dos EUA fala em subir as taxas de juros neste ano

    Nos Estados Unidos, a presidente do banco central (Federal Reserve), Janet Yellen, disse nesta sexta que o órgão espera subir as taxas de juros ainda nesta ano. Yellen afirmou, porém, que ainda há preocupação sobre a recuperação do mercado de trabalho no país.

    A alta dos juros nos EUA é vista como negativa por investidores porque pode fazer com que os recursos que hoje estão em países emergentes, como o Brasil, sejam transferidos para lá.

    Atuação do Banco Central

    Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 2,107 bilhão --por volta de 20% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

    Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

      (Com Reuters)