Comprar ou vender ações da Petrobras? Veja o que analista recomenda
A saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras, anunciada no fim da manhã desta sexta-feira (1), fez as ações da Petrobras desabarem.
Não é um bom momento para comprar ações da estatal, se você não está acostumado a lidar com Bolsa, diz o professor de finanças do Insper Ricardo Rocha.
Isso não é recomendável mesmo que as fortes quedas tenham criado pechinchas -após baterem R$ 27 no início de maio, as ações preferenciais da companhia (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, eram vendidas na Bolsa a menos de R$ 17 nesta sexta-feira (1º).
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"No momento do tumulto, o que sempre dizemos é que as pessoas não devem entrar na confusão, devem ficar de fora", afirmou Rocha. "Para quem não tem educação financeira e não está a costumado a lidar com o risco, a melhor coisa é não fazer nada."
Em sua análise, a saída de Parente abre um período de incertezas sobre o futuro da companhia, em especial sobre a possibilidade de a petroleira poder voltar a sofrer maiores intervenções do governo. Com isso, não está afastado o risco de que a cotação dela na Bolsa volte a ter novas perdas fortes, e, ao menos para os iniciantes, é melhor esperar.
Para quem já possui ações da Petrobras, a decisão exige cautela e depende muito do valor que foi pago por elas. “Quem comprou ações da Petrobras lá atrás, quando elas estavam R$ 4 ou R$ 5, e acha que o próximo gestor vai ser pior, pode acabar optando por vender agora e ficar com o lucro”, disse.
Para aqueles que, neste momento, estão no prejuízo -ou seja, que pagaram mais do que os R$ 16 da cotação atual- a melhor indicação é esperar. "As pessoas tendem a não lidar bem com perdas e, nesses dias de volatilidade, acabam tomando mais uma decisão emocional do que técnica", disse Rocha. "Para que está no prejuízo, a indicação é aguardar. A Petrobras é ainda um bom ativo. Agora, dependemos de como ficará sua gestão."
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