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Dólar sobe 1,3% e vai a R$ 3,746, maior valor em 2 semanas; Bolsa cai 2,6%

Do UOL, em São Paulo

24/10/2018 17h14Atualizada em 24/10/2018 17h41

dólar comercial fechou esta quarta-feira (24) em alta de 1,33%, cotado a R$ 3,746 na venda, maior valor em quase duas semanas, desde 11 de outubro (R$ 3,78). É o segundo avanço seguido da moeda norte-americana e a maior valorização percentual diária em duas semanas: em 10 de outubro o dólar subiu 1,42%.

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa de 2,62%, a 83.063,56 pontos, na segunda queda consecutiva. É o menor nível de fechamento desde 11 de outubro (82.921,08 pontos) e a maior desvalorização diária desde o dia 10 deste mês (-2,8%).

Na véspera, o dólar subiu 0,27% e a Bolsa caiu 0,35%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Leia também:

Vale, Petrobras e bancos caem

Pesaram no desempenho do índice as fortes quedas da mineradora Vale (-4,09%), da Petrobras (-2,88%), do Itaú Unibanco (-2,6%), do Bradesco (-2,4%) e do Banco do Brasil (-2,23%). Essas cinco empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

A cervejaria Ambev também registrou queda expressiva, de 4,45%. 

Cosan despenca 10%

A maior queda do dia na Bolsa foi da Cosan, de energia e infraestrutura, cujas ações despencaram 9,95%, após a empresa anunciar que estuda incorporar a Cosan Logística para simplificar e otimizar a estrutura societária do grupo e reduzir custos operacionais.

Preocupação com os EUA

Investidores estavam cautelosos diante de preocupações com a segurança nos Estados Unidos. Nesta quarta, autoridades norte-americanas interceptaram pacotes com artefatos explosivos endereçados ao ex-presidente Barack Obama, à ex-secretária de Estado Hillary Clinton, a outros políticos do Partido Democrata e à rede de TV CNN, uma das maiores emissoras do mundo. 

Em diferentes localidades dos EUA, os pacotes parecem ter um alvo em comum: membros e apoiadores do Partido Democrata, opositores ao presidente republicano Donald Trump. 

O episódio acontece duas semanas antes das eleições para o Legislativo, marcadas para 6 de novembro, que vão determinar se os republicanos mantêm o controle do Congresso.

Eleições no Brasil

No Brasil, o mercado seguia de olho no cenário eleitoral. Pesquisa Ibope divulgada na noite de terça-feira (23) mostrou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) com 57% dos votos válidos para presidente, enquanto o petista Fernando Haddad tinha 43%.

O mercado considera que Bolsonaro faria um governo mais comprometido com reformas econômicas e com o controle de gastos, devido, principalmente, ao perfil liberal de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes.

Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão 7.700 contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 6,545 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

(Com Reuters)