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Bolsa tem maior queda em 2 semanas; dólar fecha quase estável, a R$ 3,738

Do UOL, em São Paulo

08/11/2018 17h15Atualizada em 08/11/2018 18h40

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (8) em baixa de 2,39%, a 85.620,13 pontos. É a terceira desvalorização consecutiva e a maior queda percentual em duas semanas: em 24 de outubro, a Bolsa perdeu 2,62%. Na véspera, o índice caiu 1,08%.

O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve queda de 0,04%, cotado a R$ 3,738 na venda, após cair 0,5% na quarta-feira.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

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Só uma ação fecha em alta

Das 65 ações que formam o Ibovespa, apenas uma (CVC, +0,53%) fechou em alta. Outras duas ficaram quase estáveis e as demais tiveram queda.

A maior baixa do dia foi da Cielo (-9,58%), em meio a preocupações sobre o desempenho da empresa. Os papéis da Petrobras (-3,61%), do Bradesco (-2,09%), do Banco do Brasil (-2,05%), do Itaú Unibanco (-1,38%) e da mineradora Vale (-0,99%) também registraram perdas.

Juros nos EUA

Investidores aguardavam novas indicações do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) sobre o rumo dos juros no país. Nesta quinta, a entidade decidiu manter a taxa de juros na faixa entre 2% e 2,5%.

Na terça-feira (6), eleições parlamentares nos Estados Unidos garantiram o comando da Câmara dos Deputados ao Partido Democrata, enquanto os republicanos de Donald Trump garantiram a continuidade de seu domínio no Senado.

Dessa forma, é esperado que Trump tenha dificuldades, por exemplo, de implementar uma nova rodada de corte de impostos, o que poderia fazer com que o Fed mantivesse sua política de aumentar os juros aos poucos. Por ora, o Fed trabalha com, pelo menos, cinco altas de juros até o início de 2020: uma em dezembro, três em 2019 e um último aumento no início do ano seguinte.

Juros maiores nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.

Contas do governo

Internamente, investidores continuavam acompanhando o noticiário político, à espera de novidades sobre a reforma da Previdência e também a formação do novo governo. A notícia de que o governo poderá fazer alterações na Previdência sem a necessidade de mudar a Constituição teve uma leitura positiva pelos agentes do mercado.

Por outro lado, o Senado aprovou aumento de 16,38% no salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), medida que tem impacto bilionário nas contas públicas.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,4 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vencem em dezembro.

(Com Reuters)