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Bolsa sobe 1%; dólar cai, a R$ 3,87, mas tem maior alta semanal em 6 meses

Do UOL, em São Paulo

08/03/2019 17h23Atualizada em 08/03/2019 19h48

dólar comercial fechou em queda de 0,37%, cotado a R$ 3,87 na venda, após quatro altas seguidas. Apesar de cair no dia, a moeda teve valorização semanal acumulada de 2,38%, a maior em mais de seis meses, desde 24 de agosto, quando o dólar acumulou avanço de 4,85%. É a terceira semana seguida em que a moeda sobe. 

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, emendou a segunda alta e fechou com ganho de 1,09%, a 95.364,85 pontos. É a maior alta percentual diária desde 19 de fevereiro (1,19%). Assim, a Bolsa acumulou valorização de 0,8% na semana.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Empresas de educação disparam

Entre os destaques da Bolsa, as ações das empresas de educação Estácio (8,08%) e Kroton (7,71%) tiveram as maiores altas do dia.

Também subiram os papéis do Banco do Brasil (3,51%), do Itaú Unibanco (1,19%) e do Bradesco (1,39%). Por outro lado, as ações da Petrobras (-0,75%) fecharam em queda e as da mineradora Vale (-0,02%) ficaram quase estáveis. Essas empresas têm grande peso no Ibovespa.

Emprego nos EUA desacelera

Investidores repercutiam dados sobre a economia dos Estados Unidos. O país criou 20 mil vagas de trabalho em fevereiro, número abaixo do esperado, o que gerou preocupações sobre uma desaceleração na atividade econômica norte-americana.

Com o emprego crescendo a um ritmo lento, a tendência é que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) adie eventuais aumentos nas taxas de juros. Taxas maiores nos EUA tender a atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.

Mercado de olho na reforma 

No Brasil, o mercado acompanhava o noticiário relacionado à reforma da Previdência. Após dias sem manifestação do governo sobre o tema, o presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para defender a reforma ontem, afirmando que ela permitirá estabilizar as contas públicas e viabilizará uma "rígida" reforma tributária.

A declaração foi bem recebida por investidores, mas não elimina completamente a cautela que permanece com relação à ausência de notícias sobre a tramitação da proposta.

BC atua no mercado

 O Banco Central vendeu 14,5 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim, rolou US$ 2,175 bilhões dos US$ 12,321 que vencem em abril.

(Com Reuters)

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