Dólar cai no dia, mas sobe 8,5% em agosto, maior alta mensal desde 2015
O dólar comercial fechou o dia em queda de 0,71%, cotado a R$ 4,142 na venda. Porém, no acumulado de agosto teve valorização de 8,5%. É a maior alta mensal em quase quatro anos: em setembro de 2015, a moeda fechou o mês com alta de 9,33%. No mês, o real foi a segunda moeda que mais teve desvalorização frente ao dólar, atrás apenas do peso argentino.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Por que subiu tanto?
A moeda americana foi influenciada em agosto pela tensão no comércio internacional, com novos capítulos na disputa entre EUA e China. Além disso, ao longo do mês, aumentou a preocupação de que grandes economias globais estariam desacelerando.
No dia 14, a moeda voltou a fechar acima dos R$ 4, o que não acontecia desde maio. A alta fez o Banco Central atuar no câmbio, anunciando que iria vender dólares no mercado à vista.
Respingou por aqui também a crise na Argentina, que culminou, nesta semana, com o pedido de moratória ao FMI.
Acontecimentos internos também deixaram o mercado apreensivo, como a possibilidade de atraso da tramitação da reforma da Previdência no Senado e as queimadas na Amazônia, que geraram polêmica internacional.
O que esperar em setembro?
O banco Morgan Stanley elevou as projeções para o dólar ante o real para os próximos trimestres e agora vê a moeda norte-americana em R$ 4,15 ao fim de setembro.
"O real sofreu uma pressão acentuada em agosto, muito por conta do cenário externo caótico. No entanto, acredito que a moeda terá um alívio no próximo mês, já que as questões na Argentina já foram quase totalmente precificadas", afirmou Alvaro Bandeira, economista-chefe do Banco digital Modalmais.
* Com Reuters
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