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Dólar opera em alta, perto de R$ 4,39, após bater recorde; Bolsa cai

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

20/02/2020 10h36Atualizada em 20/02/2020 17h28

O dólar comercial operava em alta e a Bolsa caía na manhã de hoje. Por volta das 14h35, a moeda norte-americana subia 0,57%, a R$ 4,391 na venda, após alcançar seu maior valor nominal (sem considerar a inflação) ontem. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha baixa de 1,54%, a 114.719,74 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Impacto do coronavírus na economia

O novo coronavírus da China seguia sendo o principal ponto de atenção dos operadores e investidores. Apesar da queda nas novas infecções hoje, agentes de mercado reagiam à notícia de que cientistas alertaram que o patógeno pode se espalhar mais facilmente do que se pensava, agravando os temores sobre o impacto econômico da doença e gerando aversão a risco.

No Brasil, também colaborava para a alta do dólar a falta de perspectiva de fluxo, o atraso das reformas econômicas e os juros baixos reduzindo a atratividade do real.

Em evento nesta manhã, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que o novo normal é o real estar mais desvalorizado em relação ao dólar.

Recorde do dólar não considera inflação

O recorde do dólar alcançado hoje considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós-Plano Real aconteceu no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor nominal na época foi de R$ 3,9522, mas o valor atualizado ultrapassaria os R$ 7.

Fazer essa correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.

*Com Reuters

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