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Petrobras perde R$ 69,5 bi em valor de mercado em 9 dias de crise na Bolsa

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

28/02/2020 19h54

A Petrobras foi a companhia brasileira do Ibovespa, principal índice da Bolsa, que mais perdeu valor de mercado, em termos absolutos, desde que a instabilidade no mercado financeiro teve início, em 19 de fevereiro. Investidores estão preocupados com os impactos do coronavírus na economia global.

A petrolífera vale hoje R$ 69,5 bilhões menos que há pouco mais de uma semana, segundo a Economatica, empresa especializada no fornecimento de dados financeiros. O valor de mercado considera o preço da ação multiplicado pelo total de ações disponíveis.

Na sequência aparece a Vale, com desvalorização de R$ 43,6 bilhões. Além da instabilidade do mercado, um navio-cargueiro encalhou e tombou a cerca de 100 quilômetros da costa brasileira, no canal da baía de São Marcos, no Maranhão, com cerca de 275 mil toneladas de minério de ferro pertencente à companhia.

Ambev (R$ 25 bilhões), Bradesco (R$ 20,7 bilhões) e Itaú (R$ 20,1 bilhões) completam a lista das cinco maiores perdas do Ibovespa no período.

No total, as empresas da Bolsa perderam R$ 452,2 bilhões em valor de mercado desde o dia 19.

Semana de recordes no mercado

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (28) em alta de 1,15%, aos 104.171,57 pontos. Na semana, porém, a Bolsa acumulou queda de 8,37%. Em fevereiro, perdas de 8,43% —maior tombo desde maio de 2018 (-10,87%).

O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,13%, cotado a R$ 4,481 na venda, batendo outro recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Foi o oitavo dia seguido de alta, a sequência mais longa desde 2015. Ao longo do dia, o dólar chegou a operar acima de R$ 4,51.

Em fevereiro, o dólar acumulou valorização de 4,56%, a maior para o mês também desde 2015 (6,19%). Em janeiro deste ano, já havia disparado 6,8%. No acumulado de 2020, a alta é de 11,67%. Na semana, a cotação saltou 2%, depois de ter subido 2,14% na semana anterior.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

(Com Reuters)

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