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Dólar opera em queda, a R$ 4,63; Bolsa despenca mais de 3% com coronavírus

Painel na Bolsa de Valores de São Paulo - Amanda Perobelli
Painel na Bolsa de Valores de São Paulo Imagem: Amanda Perobelli

Do UOL, em São Paulo

06/03/2020 10h29Atualizada em 06/03/2020 17h38

A Bolsa de Valores despencava hoje e o dólar comercial oscilava entre leves altas e baixas, perto da estabilidade, em mais um dia de tensão nos mercados por causa do coronavírus e de atuação do Banco Central no mercado de câmbio.

Por volta das 14h55, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrava queda de 3,79%, a 98.357,79 pontos, após ter tombado 4,65% ontem. No mesmo horário, o dólar tinha baixa de 0,39%, a R$ 4,633 na venda, após ter fechado em alta por 12 dias seguidos e batido vários recordes.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Temor com coronavírus

O clima no mercado global era de pessimismo, em meio a preocupações sobre a real eficácia de medidas como cortes de juros para blindar as economias do surto do novo coronavírus.

"Com o impacto econômico do coronavírus grande e crescente, os formuladores de políticas nas economias avançadas estão sendo forçados a reagir", afirmou o economista Adam Slater, da Oxford Economics, em relatório enviado a clientes mais cedo.

"Mas opções monetárias e fiscais convencionais, como o recente corte emergencial das taxas pelo Federal Reserve [Fed, o banco central dos EUA], podem não ser suficientes. Novas abordagens podem ser necessárias para reduzir o impacto do vírus e permitir uma rápida recuperação das perdas econômicas quando o surto desaparecer", disse.

BC aumenta atuação para frear alta do dólar

O dólar mostrava leve alívio após o Banco Central realizar leilão de 40 mil contratos de swaps tradicionais, vendendo o total da oferta de US$ 2 bilhões, dobrando a oferta em relação aos três leilões de até 20 mil contratos cada que aconteceram ontem.

"Há uma pressão de fora, e por isso o BC está fazendo leilão, injetando liquidez no mercado", disse à agência de notícias Reuters Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora. "Não está surtindo efeito no momento, mas pode ser que essa medida ajude a aliviar a pressão sobre o real."

Em nota, a corretora Commcor disse que "analistas continuam o debate de que apenas uma atuação mais forte e continuada pode tornar a moeda (real) menos frágil".

*Com Reuters

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