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Bolsa fecha em queda de 1,49% e dólar cai 0,04%, cotado a R$ 5,516

Getty Images via BBC
Imagem: Getty Images via BBC

Do UOL, em São Paulo

23/03/2021 17h32Atualizada em 23/03/2021 19h12

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda nesta terça-feira (23) no segundo dia seguido de desvalorização. O índice caiu 1,49% aos 113.261,80 pontos, com preocupações sobre o aumento do número de casos do coronavírus (covid-19) no mundo.

As ações da IRB lideraram os ganhos na Bolsa, com 5,91% de alta. Na outra ponta, os papéis da Azul caíram 6,80%. Ontem (22), o índice fechou em queda de 1,07%, aos 114.978,86 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje em queda de 0,04% ante o real, cotado a R$ 5,516 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (22), a moeda norte-americana teve alta de 0,59%, cotado a R$ 5,518 na venda.

O mercado foi contaminado pelo cenário externo, em meio a receios com novas medidas de restrição contra a covid-19 na Europa e do aumento dos casos no Brasil. "O País ainda vive um momento de enorme pressão e incerteza", explicou o estrategista Dan H. Kawa, da TAG Investimentos à Reuters.

A forte disseminação da covid-19 na Europa também foi uma preocupação, depois que a Alemanha prorrogou um lockdown nacional que já dura meses até o dia 18 de abril.

Vários analistas citaram também a notícia de que a China sofreu sanções de grandes economias por abusos de direitos humanos e a desvalorização da lira após a demissão do presidente do banco central da Turquia como fatores de impulso para o dólar e pressão para moedas emergentes ou ligadas a commodities.

No cenário nacional, o mercado se voltou para a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. O documento, divulgado nesta terça-feira, mostrou que a decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na última semana e indicar outra alta do mesmo valor para maio levou em conta os riscos fiscais de curto prazo em meio ao recrudescimento da pandemia no país e preocupações com as expectativas para a inflação.

A avaliação do Copom é de que o cenário básico para a alta dos preços, com forte crescimento nos últimos meses e piora das expectativas para a inflação, já recomendaria o início de um processo de normalização "parcial" das taxas de juros.

"O ponto relevante, a nosso ver, é que o discurso do BC, a despeito de fazer menção a uma normalização parcial, antevê uma recuperação mais forte da atividade econômica no segundo semestre e enxerga menor ociosidade no mercado de trabalho e riscos fiscais assimétricos sobre a inflação, compatíveis com a percepção de maior juro neutro na economia", escreveram analistas do Bradesco à Reuters.

O baixo patamar da taxa Selic — que até a semana passada estava numa mínima histórica de 2% — foi apontado como um dos principais motivos para a forte desvalorização do real no último ano.

A perspectiva de elevação de juros pode favorecer a moeda brasileira, uma vez que o maior diferencial de juros entre o Brasil e outros países tornaria rendimentos domésticos mais atraentes, possivelmente atraindo mais capital estrangeiro.

Além disso, o Banco Central anunciou para esta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em dezembro de 2021 e abril de 2022.

(Com Reuters)

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