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Bolsa tem maior alta diária em um mês; dólar cai 1,21% e fecha a R$ 5,365

Alta de hoje é a maior desde 5 de abril, quando o Ibovespa subiu 1,97%; já o dólar caiu a R$ 5,365 - Cris Fraga/Estadão Conteúdo
Alta de hoje é a maior desde 5 de abril, quando o Ibovespa subiu 1,97%; já o dólar caiu a R$ 5,365 Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

05/05/2021 17h21Atualizada em 05/05/2021 18h38

Com investidores à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros, o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,57%, aos 119.564,44 pontos. É a maior variação percentual positiva desde 5 de abril, há um mês, quando o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) subiu 1,97%.

Já o dólar encerrou a sessão em desvalorização de 1,21% frente ao real, cotado a R$ 5,365 na venda. No ano, porém, a moeda americana ainda acumula alta de 3,39%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Expectativa pelo Copom

O mercado voltou suas atenções à reunião do Copom, que deve anunciar um novo aumento nos juros básicos da economia (taxa Selic), que atualmente é de 2,75%. No último encontro, o Banco Central já havia elevado a Selic na mesma magnitude, ante uma mínima histórica de 2%.

Para investidores, a autarquia busca esfriar as pressões sobre os preços este ano e impedir que as expectativas de inflação para 2022 subam.

Hoje, "o espaço para surpresas é limitado", disse à Reuters Ricardo França, analista da Ágora Investimentos. "Mas o mercado aguarda o comunicado que acompanha a decisão, em busca de pistas em relação à condução da política monetária ao longo de 2021."

Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, acrescentou que, "juntamente com o aumento, a autoridade monetária tende a adotar um tom altista, embora o hiato do produto ainda esteja elevado". Ele citou o aumento da inflação e o balanço de riscos atrelados aos possíveis ruídos políticos como fatores de atenção para a condução da política monetária.

Congresso no radar

Paralelamente à reunião no Copom, investidores acompanhavam de perto as movimentações em Brasília. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid ouviu hoje o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, sucessor de Luiz Henrique Mandetta, que depôs na véspera.

Entre outras declarações, Teich disse que a tese da "imunidade de rebanho", defendida por integrantes e aliados ao governo Bolsonaro, é um "erro" e reforçou ter pedido demissão por divergir do presidente sobre o uso da hidroxicloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz no tratamento da covid-19.

Além disso, houve o anúncio por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o encerramento da comissão mista da reforma tributária por recomendação de parecer técnico, devido ao término de prazo regimental. O deputado prometeu, contudo, buscar a melhor forma de aprovar a reformulação possível do sistema de tributos e impostos do país no prazo mais rápido.

A movimentação acontece pouco depois de o relator da proposta na comissão mista, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ler o seu parecer no colegiado formado por deputados e senadores. A intenção é produzir um texto de consenso entre as duas Casas do Congresso para facilitar e acelerar sua posterior aprovação.

(Com Reuters)