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Bolsa sobe 0,13% e volta aos 130 mil pontos; dólar fica estável em R$ 5,066

Dólar ficou abaixo de R$ 5,10 pela 6ª sessão seguida; no ano, a moeda soma perdas de 2,37% ante o real - Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo
Dólar ficou abaixo de R$ 5,10 pela 6ª sessão seguida; no ano, a moeda soma perdas de 2,37% ante o real Imagem: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/06/2021 17h22Atualizada em 10/06/2021 17h27

Após um pregão de queda e outro de estabilidade, o Ibovespa voltou a subir hoje, recuperando o patamar dos 130 mil pontos. O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) fechou o dia em alta de 0,13%, aos 130.076,17 pontos — pouco abaixo do recorde nominal (sem considerar a inflação) alcançado na segunda-feira (7), de 130.776,27 pontos.

Já o dólar ficou praticamente estável, tendo registrado leve queda de 0,07% e terminando a quinta-feira (10) cotado a R$ 5,066 na venda. É a sexta sessão consecutiva em que a moeda americana se mantém abaixo dos R$ 5,10.

Em 2021, Ibovespa e dólar vão seguindo caminhos opostos — ao menos por ora. Enquanto o indicador acumula alta de 9,29%, a moeda soma perdas de 2,37% frente ao real no ano.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Surpresa nos EUA

Investidores passaram o dia digerindo os dados da inflação nos Estados Unidos: segundo divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado, após alta de 0,8% em abril. Com isso, a inflação dos últimos 12 meses ficou em 5% — a maior alta anual desde agosto de 2008.

Para Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office, o movimento cambial refletiu um resultado apenas "um pouco acima do esperado" (4,7%) para a inflação dos EUA. Isso mostra que os dados ainda têm uma previsibilidade — o que é um alívio, depois que a leitura de abril superou muito as expectativas dos mercados, disse ele à Reuters.

Ainda assim, continuou, a inflação é um tema que vai continuar no radar do mercado, à medida que as principais economias se recuperam da crise gerada pela pandemia de covid-19.

Paralelamente, segue a expectativa dos investidores pela reunião do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) nos dias 15 e 16 de junho para deliberar sobre a política monetária. Recentemente, temores de uma alta nos preços levou a especulações de que os juros — hoje próximos a zero — podem voltar a subir mais cedo do que o esperado.

A data coincide com o próximo encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil — outro ponto de atenção para o mercado financeiro. Na última reunião, em maio, o comitê indicou que poderia fazer um novo ajuste de 0,75 ponto percentual nos juros básicos da economia (taxa Selic), hoje em 3,50% ao ano.

(Com Reuters)