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Ações da Eletrobras operam em queda antes de Senado votar privatização

Logo da Eletrobras na Bolsa de Nova York; MP sobre privatização da empresa está na pauta do Senado - Reprodução
Logo da Eletrobras na Bolsa de Nova York; MP sobre privatização da empresa está na pauta do Senado Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo*

16/06/2021 11h56Atualizada em 16/06/2021 16h07

As ações da Eletrobras operavam em queda na tarde de hoje, em meio a expectativas sobre a votação da MP (medida provisória) que trata da privatização da empresa no Senado.

Por volta das 15h45 (de Brasília), as ações ordinárias — com direito a voto em assembleia — da Eletrobras (ELET3) tinham baixa de 0,74%, a R$ 44,30, enquanto os papéis preferenciais (ELET6) — com prioridade na distribuição de dividendos — caíam 0,56%, a R$ 44,75. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, também operava em queda.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO), relator da medida provisória que trata da privatização da Eletrobras, afirmou ontem que iria apresentar hoje seu parecer sobre o tema. A votação da MP está na pauta do plenário do Senado e a intenção do parlamentar é que, ainda hoje, siga de volta para a Câmara dos Deputados.

Se for votado hoje no Senado, o tema poderá ser votado pelos deputados amanhã, segundo o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que relatou a MP na Câmara.

Mais cedo, em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que haverá "caos no sistema energético" brasileiro, caso a privatização da Eletrobras não seja aprovada no Congresso.

"Agora o pessoal é contra a privatização? É brincadeira. Porque se eu sair daqui e voltar o PT...", disse ao ser questionado por um dos apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. "Não vou aceitar discutir isso aqui. Se não privatizar, acaba em caos no sistema energético no Brasil. Porque roubaram tanto... E ninguém fala nisso."

O governo espera a votação da privatização da Eletrobras antes de editar uma MP que pode autorizar o racionamento de energia e outras medidas para controle da crise energética, segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Barros afirmou à agência de notícias Reuters que, por se tratar de tema correlato, a edição da MP do racionamento agora poderia influenciar na votação da privatização.

(*Com informações da Reuters)