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Com salto na inflação, Bolsa cai 2,11%; dólar sobe e vai a R$ 5,573

Cris Fraga/Estadão Conteúdo
Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Do UOL*, em São Paulo

26/10/2021 17h26

O Ibovespa caiu 2,11% e voltou a fechar abaixo dos 107 mil pontos, influenciado pela divulgação da prévia da inflação em outubro e as expectativas de aumento maior nos juros pelo Banco Central. Já o dólar comercial subiu 0,31%, cotado a R$ 5,573 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) terminou o dia aos 106.419,53 pontos, pouco acima do resultado da última sexta-feira (106.296,18), o pior em quase um ano.

O IBGE informou hoje que o IPCA-15 (tido como prévia da inflação, medida pelo IPCA) acelerou a 1,2% em outubro. Essa foi a maior variação para o mês desde 1995.

Prévia da inflação foi a pior para o mês desde 1995

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou a 1,2% em outubro, após ficar em 1,14% em setembro. Essa foi a maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%) e a maior entre todos os meses do ano desde fevereiro de 2016, quando o índice foi de 1,42%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,3% e, em 12 meses, de 10,34%. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Começa reunião do Copom

Começou nesta tarde reunião de Análise de Conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Participam do encontro desta semana o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os outros oito diretores da instituição.

Eles discutirão o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 6,25% ao ano.

Especialistas esperam que haja um aumento de 1 a 1,5 ponto percentual. Diante do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de outubro acima do esperado, algumas casas já estão mudando de novo suas apostas, para um patamar mais elevado.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo