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Dólar fecha quase estável em R$ 5,663, após atuação do BC; Bolsa cai 0,33%

Mesmo com o desempenho de hoje, o dólar ainda acumula alta de 0,49% frente ao real em dezembro - Cris Fraga/Estadão Conteúdo
Mesmo com o desempenho de hoje, o dólar ainda acumula alta de 0,49% frente ao real em dezembro Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

23/12/2021 17h25Atualizada em 23/12/2021 18h26

O dólar terminou a quinta-feira (23) praticamente estável, com leve queda de 0,08%, cotado a R$ 5,663 na venda — contido por duas intervenções do Banco Central. É a terceira sessão seguida de baixa para a moeda americana, que acumula perdas de 0,39% frente ao real na semana.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), também encerrou o dia em queda, esta de 0,33%, chegando aos 104.891,32 pontos. Na véspera, o indicador já havia caído 0,24%.

Mesmo com os desempenhos de hoje, o dólar ainda acumula alta de 0,49% frente ao real em dezembro, enquanto o Ibovespa subiu 2,92%. Em 2021, porém, a situação é melhor para a moeda, que registra ganhos de 9,14%, e pior para o índice, que despencou 11,87%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Duas intervenções do BC

Apesar de ter fechado o dia em leve queda, o dólar chegou a tocar a casa dos R$ 5,70 por volta das 13h, quando o BC anunciou o primeiro leilão de venda de dólares à vista do dia. Já a segunda operação aconteceu perto de 14h. Nos dois leilões, o o BC colocou no mercado um total de US$ 965 milhões.

O BC tem recorrido a essa prática em dezembro, período afetado pelo menor fluxo de negociações e pagamentos de lucros e dividendos.

Prévia da inflação

Paralelamente, o mercado repercutiu ainda dados da prévia da inflação ao consumidor do Brasil, medida pelo IPCA-15. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o índice de dezembro desacelerou para 0,78%, após ficar em 1,17% no mês anterior, fechando 2021 em 10,42% — o maior desde 2015 (10,71%).

O IBGE ainda vai divulgar em janeiro o IPCA, que mede a inflação oficial do país. A alta dos preços deve ultrapassar os 10% e, consequentemente, ficar acima da meta do BC, de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos (ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%).

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos divulgaram dados mais firmes de inflação, que aumentaram as apostas de juros mais altos por lá —cenário que também torna mais rentável os investimentos no país e, em tese, prejudica mercados emergentes — como o Brasil —, considerados menos seguros pelos agentes financeiros.

(Com Reuters)