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Com ou sem crise, má gestão quebra empresa; veja 7 dicas para não falir

Do UOL, em São Paulo

27/08/2015 06h00

Embora crises possam afetar as contas da empresa e agravar resultados ruins, é a má gestão que leva um negócio a quebrar, segundo Elias Rocha Azevedo, especialista em recuperações judiciais da consultoria Ejafac. Até mesmo em tempos de vacas gordas, negócios mal-administrados correm risco de fechar as portas.

Não separar o dinheiro da empresa das finanças pessoais, tomar decisões baseadas em informações erradas e não cumprir renegociações são erros comuns que podem levar um pequeno negócio à falência, segundo o especialista.

Para evitar chegar a esse ponto, o consultor dá sete dicas para manter a saúde financeira da empresa.

7 dicas para não levar empresa à falência

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    Separe a pessoa física da jurídica

    Não definir um pró-labore (salário para o dono da empresa) e fazer retiradas de dinheiro sem planejamento são ações que podem afetar o caixa da empresa em períodos de crise, afirma Azevedo. "Os cortes de custo devem, muitas vezes, começar em casa. Sem ajustar esse ponto, a credibilidade do empreendedor fica abalada frente aos colaboradores e credores."

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    Seja realista nas análises

    Em momentos de aperto, muitos empreendedores tendem a fugir da realidade, como um paciente que não faz exames por medo de doenças. "Pior do que não ter a informação é tomar decisões baseadas em informação errada. É importante calcular os níveis de endividamento do negócio para evitar decisões equivocadas no futuro."

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    Cumpra renegociações

    Quando a empresa chega ao ponto de se endividar, é importante conversar com os credores. "Renegociar dívidas buscando melhores taxas e prazos é excelente, desde que a empresa cumpra com o que foi acordado. Se isso não acontecer, ela perde os benefícios obtidos na renegociação, o crédito e a credibilidade."

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    Tenha cuidado ao investir

    Empreendedores são visionários e sonhadores por natureza, mas, para que o negócio dê certo, é preciso ser cauteloso nas decisões de investimentos futuros, diz Azevedo. "Investimentos que extrapolem a capacidade financeira da empresa ou que tenham prazos de retorno muito grandes devem ser evitados", declara.

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    Ouça os especialistas

    Buscar conselhos de pessoas independentes e imparciais pode ajudar na tomada de decisão sobre ajustes financeiros. Advogados, contadores, consultores ou mentores são opções. "Mas o empresário não pode gastar com honorários se não estiver interessado em ouvir o que eles têm a dizer ou for resistente aos seus conselhos", afirma.

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    Mantenha o foco no negócio

    O empreendedor não precisa ser especialista em todas as áreas, nem conhecer em detalhe as legislações vigentes. Mas é bom que tenha noção do todo para identificar discrepâncias. "Ele deve acompanhar regularmente a evolução dos gastos com sua folha de pagamento, por exemplo. O acompanhamento direto das atividades passa confiança ao mercado."

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    Saiba a hora de parar

    Persistência é importante, mas saber a hora de parar também. Muitos queimam o próprio patrimônio ao insistir em ações que dão prejuízo. "Saber a hora de parar é difícil, pois envolve aspectos emocionais. No entanto, os controles financeiros ajudam a clarear a decisão, com respostas sobre geração de caixa para pagar dívidas e capital de giro necessário."