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Veja 10 dicas para escolher uma microfranquia e faturar até R$ 30 mil

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo (SP)

02/12/2013 06h00

Com investimento inicial de até R$ 80 mil e faturamento mensal de, no máximo, R$ 30 mil, as microfranquias se tornaram uma opção de negócio para empreendedores que buscam uma oportunidade de baixo custo.

Em 2012, o segmento faturou R$ 4,5 bilhões, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising). O valor é 22% maior do que o registrado no ano anterior (R$ 3,7 bilhões). Para 2013, a expectativa é que o setor avance 16%.

Para auxiliar empreendedores na busca por um negócio na área, o UOL conversou com o diretor de microfranquias da ABF, Edson Ramuth, e listou dez dicas do executivo.

1. Escolha o setor com o qual tenha afinidade 

Um negócio tem mais chances de ser bem-sucedido quando o empresário gosta e conhece o ramo no qual vai atuar.

Quando o empreendedor tem afinidade com o segmento, fica mais fácil planejar, identificar oportunidades e entender as necessidades e desejos dos clientes.

2. Avalie o cenário econômico e o impacto no segmento

Observar os números do segmento escolhido dá mais segurança na hora de investir e ajuda o empresário a entender o mercado. 

Quando o setor tem altas seguidas, o sinal é positivo. No entanto, quando há quedas ou oscilações de um ano para outro é sinal de instabilidade na área.

3. Acompanhe as tendências de mercado

Mudanças no comportamento do público ou na legislação podem impactar diretamente alguns setores.

Em 2013, por exemplo, a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) das domésticas fez com que aumentasse a procura por serviços de limpeza e lavanderia. Mudanças como esta podem alavancar ou travar um negócio.

4. Prefira redes com unidades próprias

De acordo com Ramuth, o risco do investimento é maior quando a microfranquia apenas vende unidades e não tem operações próprias.

“Como a rede pode oferecer suporte ao franqueado se não tem experiência à frente do negócio? Quanto mais unidades próprias ela tiver, maior será a especialização dela na área”, diz.

5. Levante o histórico e o suporte oferecido pela empresa

Redes que estão há mais tempo no mercado são investimentos mais seguros, enquanto que as mais novas oferecem mais riscos por ainda não estarem consolidadas.

Além disso, é importante verificar qual o suporte oferecido pela franquia e que tipo de treinamento ela proporciona aos franqueados.

6. Pesquise a região onde deseja abrir o negócio

Alguns tipos de negócio podem ser bem-sucedidos em algumas regiões, mas podem fracassar em outras. Observe se o clima, o poder aquisitivo e os hábitos dos consumidores favorecem a implantação da microfranquia na cidade ou no bairro desejado.

7. Certifique-se de que o investimento cabe no bolso

Apesar de o investimento ser baixo (há opções por menos de R$ 10 mil), muitos franqueados fracassam por não ter capital de giro. O recurso é importante para manter o negócio nos seis primeiros meses, quando o empresário ainda não formou uma clientela.

“É comum um franqueado se preocupar apenas com o investimento inicial e se esquecer do capital de giro. Aí, ele precisa recorrer ao banco e acaba se enrolando em dívidas”, afirma Ramuth.

8. Tenha disciplina e uma rotina de trabalho

Grande parte das microfranquias oferece a possibilidade de trabalhar em casa. No entanto, é preciso disciplina e automotivação para seguir uma rotina de trabalho e não misturar as tarefas e finanças do lar com as atribuições da empresa.

9. Converse com outros franqueados da rede

Segundo Ramuth, é importante o interessado em uma microfranquia conversar com outros empreendedores da rede e perguntar se a empresa cumpre tudo o que promete, se o franqueado está satisfeito com a marca e qual é a rentabilidade do negócio.

“É sempre bom conversar com outros franqueados para saber como a relação com a matriz funciona na prática”, diz.

10. Coloque a “mão na massa”

Em geral, as microfranquias necessitam de uma ou duas pessoas para fazer o negócio funcionar. Neste caso, é inviável comprar uma unidade e contratar alguém para tomar conta da empresa como acontece com algumas franquias mais caras.

O franqueado vai precisar colocar a “mão na massa” e ir a campo para atender os clientes.