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Maioria dos investidores brasileiros aplica até R$ 100 mil em start-ups

Do UOL, em São Paulo

13/08/2014 15h45

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) pela Anjos do Brasil, organização que reúne investidores-anjos no país, mostra que 58% dos investidores-anjos injetaram até R$ 100 mil em empresas inovadoras em fase inicial, as chamadas start-ups.

Segundo o levantamento, outros 25% investiram entre R$ 100 mil e R$ 500 mil, enquanto 12% aportaram de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.

Apenas 5% dos investidores aplicaram mais de R$ 1 milhão nas start-ups brasileiras. Os aportes maiores elevaram a média do valor investido, que ficou em R$ 687 mil para cada investidor.

"Muitos investidores ainda têm pouca experiência em investir em start-ups, por isso eles começam com aportes de menor valor", diz o fundador da Anjos do Brasil, Cassio Spina.

A pouca experiência no mercado é comprovada na pesquisa. Dos 130 entrevistados, 41% afirmaram ser investidores-anjos há menos de um ano; 33% entre um e três anos; e 26% investem há mais de três anos.

Softwares e aplicativos lideram preferência dos investidores

A pesquisa também revela que 60% dos investidores têm interesse em investir em "start-ups" de tecnologia --especialmente softwares e soluções de internet--; 56% gostaria de aplicar recursos em aplicativos para smartphones e tablets; 54% em educação; 48% em saúde e biotecnologia; e 40 em e-commerces. Um mesmo investidor podia desmonstrar interesse em várias áreas.

Na hora de escolher uma empresa para investir, os investidores-anjos julgam fundamental receber bons projetos (61%); ter perspectivas de retorno do investimento (50%); ter proteção jurídica de seu patrimônio (45%); ganhar algum tipo de retorno fiscal ou tributário (15%).

Potencial de investimento é de R$ 2,6 bilhões, diz entidade

De acordo com a Anjos do Brasil, há 6.450 investidores-anjos no país. Segundo o levantamento, eles estariam dispostos a aplicar R$ 339 mil cada em novos negócios até o final de 2015. O valor somado chega a R$ 2,1 bilhões.

A entidade espera que o montante seja 20% maior, totalizando um potencial de investimento de R$ 2,6 bilhões até o fim do próximo ano.