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Moda passa cultura e lidera vendas em lojas virtuais no país, aponta Ibope

Camila Rodrigues da Silva

Do UOL, em Florianópolis

18/08/2014 06h00

O segmento de moda e acessórios ultrapassou o de cultura e lidera as vendas em lojas virtuais no país, segundo pesquisa do Ibope e-commerce. Entre maio e junho, o setor comercializou mais de 7 milhões de peças, frente a 5,5 milhões de produtos culturais, como livros e DVDs. 

O faturamento das 50 maiores lojas do comércio eletrônico de roupas foi de aproximadamente R$ 1,5 bilhão nos primeiros seis meses deste ano, com quase 10 milhões de pedidos e um ticket médio de R$ 155, aponta o instituto de pesquisa. 

Em terceiro lugar, aparece o setor de beleza e saúde, com a venda de 2 milhões de itens no bimestre. Em quarto, está o segmento de informática (1,5 milhão). O setor de telefonia ficou em quinto lugar e vendeu 1,3 milhão de peças (confira o ranking no final desta reportagem).

O estudo usa dados das 50 principais lojas virtuais do país, responsáveis por cerca de 80% do faturamento nessa modalidade.

Comércio virtual cresce

A tendência é que as vendas online ainda cresçam no país, de acordo com relatório da empresa de informações de comércio eletrônico E-bit. O estudo mostra que 5 milhões de consumidores fizeram sua primeira compra online no primeiro semestre de 2014. No total, 25 milhões de consumidores fizeram compras pela web neste período. 

Para quem quer apostar no comércio eletrônico de roupas, o consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Marcelo Sinelli, estima que uma loja virtual bem estruturada demanda um investimento de pelo menos R$ 20 mil.

“Há de se considerar dois custos importantes: o de logística para entrega, entre o local de estoque e o cliente; e o custo de TI, com plataforma, ferramentas de segurança e de certificação digital."

Loja virtual deve mostrar padrão de tamanhos das peças

Para a especialista em moda do Senac-RJ Ursula Carvalho, os consumidores estão cada vez mais confiantes na compra de produtos pela internet, mesmo sem poder experimentar. Entretanto, é necessário oferecer uma referência de tamanho para as roupas.

“Adotar uma tabela precisa de medidas e sempre seguir as especificações adotadas traz maior segurança para quem compra”. A especialista também enfatiza a importância de estruturar um sistema de troca, com regras e prazos claramente definidos.

Aos que tiverem condições de investir, os consultores recomendam apostar em interfaces de navegação, oferecendo acesso à loja virtual por meio de versões que funcionem bem em celulares.