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Não transforme seu hobby em trabalho, diz dono da Bio Ritmo e da Smart Fit

Edgard Corona, fundador das academias Bio Ritmo e Smart Fit - Divulgação
Edgard Corona, fundador das academias Bio Ritmo e Smart Fit Imagem: Divulgação

Mariana Bomfim

Do UOL, em São Paulo

24/09/2014 06h00

Dono das academias Bio Ritmo e Smart Fit, o empresário Edgard Corona, 57, é taxativo: "não transforme seu hobby em trabalho".  Após investir em escolas de natação, seu lazer, e passar por alguns anos de baixo faturamento, Corona alcançou o sucesso ao mudar o negócio para academias de musculação e buscar a inovação.

Para ele, o empresário precisa entender que gostar de uma atividade não implica em ser bom nela. "Não funcionou porque eu não tinha vocação para aquele tipo de negócio."

Apesar de continuar no ramo de atividades físicas, ele não considera musculação seu hobby. "Se você transformar um hobby em trabalho e não der certo, vai acabar detestando isso", diz.

Engenheiro químico, Corona se tornou empreendedor em meados dos anos 1990, quando abriu sua escola de natação. Após anos sem ter grande sucesso, o empresário decidiu apostar na criação de uma academia de musculação para um público específico.

Em 1996, foi aberta a primeira Bio Ritmo, no bairro Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Mas foi só em 2001, com a inauguração de uma unidade na avenida Paulista, para atender ao público corporativo, que a empresa deslanchou. Com unidades em áreas de escritório ou em prédios de grandes empresas, a rede pretendia atrair trabalhadores que não queriam perder tempo de deslocamento para fazer exercícios físicos. 

Em 2009, Corona criou a rede Smart Fit para ser uma opção mais barata de academia. Em 35 cidades, a rede oferece planos mensais a partir de R$ 49,90, frente às mensalidades de R$ 209 a R$ 439 da Bio Ritmo.

As duas marcas têm, hoje, cerca de 565 mil clientes e o empresário espera atingir a marca de um milhão até 2016. Em 2013, o faturamento delas foi de R$ 220 milhões, segundo o empresário. 

São cifras importantes para um mercado tão competitivo. São quase 31 mil academias espalhadas pelo país, com 7,6 milhões de clientes. O faturamento do setor no ano passado foi de US$ 2,4 bilhões (R$ 5,75 bilhões), segundo dados da IHRSA (associação internacional que reúne representantes de academias, spas, centros esportivos e fabricantes de equipamentos). 

Em entrevista ao UOL, Corona listou as melhores práticas que os empresários devem cultivar para inovar em seus segmentos. Confira abaixo.