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Florianópolis é a melhor capital brasileira para empreender, diz estudo

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

24/11/2014 10h41

Entre 14 capitais brasileiras, Florianópolis (SC) é a que reúne as melhores condições para empreender. A conclusão é do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2014, estudo inédito lançado nesta segunda-feira (24) pela Endeavor Brasil.

Em seguida estão São Paulo (SP), Vitória (ES), Curitiba (PR), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM), Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

O estudo foi realizado nas capitais cujas regiões metropolitanas concentram pelo menos 1% das empresas de alto crescimento, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica).

O ranking considerou 55 indicadores que avaliam ambiente regulatório, acesso a capital, mercado, inovação, infraestrutura, capital humano e cultura empreendedora na pontuação das cidades. De acordo com a pesquisa, realizada em parceria com a Brain&Company, esses critérios mostram o quanto um ambiente pode ser favorável a empreender.

"O objetivo do estudo é criar um indicador que para auxiliar o poder público a fazer melhorias quanto ao ambiente de negócios e para a que a sociedade possa também cobrar os investimentos necessários", afirma Juliano Seabra, diretor-geral da Endeavor Brasil.

Educação e inovação garantem liderança para Florianópolis

A capital catarinense se destacou nos quesitos capital humano e inovação. Segundo o estudo, 58% dos universitários estão matriculados em cursos com avaliação positiva no Enade e 3,5% dos mestres e doutores trabalham em empresas privadas.

Na outra ponta, a cidade apresenta problemas em relação ao mercado. Florianópolis tem o menor PIB (Produto Interno Bruto) das 14 capitais pesquisadas e a presença de poucas empresas de grande porte, que poderiam gerar mais oportunidades para prestadores de serviços.

O quesito mercado, por outro lado, é um dos fortes da capital paulista. São Paulo tem o maior PIB do país, alta concentração de grandes empresas, maior oferta de crédito e concentra mais de 60% dos investimentos de capital de risco feitos no país.

O fator negativo para a cidade é o alto custo com aluguel do imóvel e salários, especialmente de executivos. A mobilidade urbana também pesou contra a capital paulista, onde o trabalhador gasta mais tempo para se deslocar de casa para o trabalho.

Capitais do Norte e Nordeste têm desafios para estimular empreendedorismo

As cinco capitais do Norte e Nordeste pesquisadas ocuparam as cinco últimas posições. De acordo com Seabra, esse desempenho negativo se deve, principalmente, à desigualdade em relação à educação, inovação e infraestrutura, quando comparadas com as demais capitais.

"Ao mesmo tempo que o estudo aponta para as dificuldades nessas regiões, ele também mostra que há espaço para melhorias que gerem oportunidades de negócio. Nas capitais menos desenvolvidas e com menos oferta de empregos, é natural que as pessoas busquem no negócio próprio uma alternativa de crescimento pessoal", afirma.

Veja abaixo o ranking e o índice de cada cidade:

1. Florianópolis - 7,53
2.  São Paulo - 7,46
3. Vitória - 7,16
4. Curitiba - 6,96
5. Brasília - 6,33
6. Belo Horizonte - 6,15
7. Porto Alegre - 5,94
8. Goiânia - 5,91
9. Rio de Janeiro - 5,86
10. Manaus - 5,33
11. Belém - 5,24
12. Recife - 4,83
13. Fortaleza - 4,77
14. Salvador - 4,53