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Abertura de empresas no país cai 8,5% em outubro, diz Serasa

Do UOL, em São Paulo

26/11/2014 11h24

O número de abertura de empresas no país caiu 8,5% em outubro na comparação com setembro, segundo levantamento da Serasa Experian. Em outubro, foram criados 159.700 negócios contra 174.517 no mês anterior.

De acordo com os economistas da Serasa, o baixo crescimento da economia, as altas taxas de juros e a disputa eleitoral no mês de outubro são os principais motivos que levaram à queda no nascimento de empresas.

No acumulado do ano (de janeiro a outubro), houve alta de 1,1% na abertura de empresas, na comparação com o mesmo período de 2013. Nos dez meses de 2014, foram criados 1.617.656 negócios no país contra 1.599.989 em igual período do ano passado

Microempreendedores individuais são maioria entre novos negócios

Os microempreendedores individuais –categoria que fatura até R$ 60 mil por ano– registrou a criação do maior número de empresas: 113.682 novos negócios em outubro, contra 125.728 em setembro, o que representa uma queda de 9,6%.

Segundo o indicador, das 1.617.656 empresas criadas de janeiro e outubro, 72,2% (1.167.291) foram microempreendedores individuais; 12,2% (196.990) sociedades limitadas; 10,1% (163.252) empresas individuais; e 5,6% (90.123) empresas de outras naturezas jurídicas.

A crescente formalização dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento constante de microempreendedores individuais, registrado desde o início da série histórica do indicador. Em cinco anos, passaram de quase metade do total de novas empresas (48,1%, em 2010) para 72,3% no último levantamento.

Serviços lideram abertura de empresas por setor

O setor de serviços é o mais procurado por quem quer empreender. De janeiro a outubro, 953.145 novas empresas surgiram neste segmento, o equivalente a 58,9% do total. Em seguida, 513.919 comércios (31,8% do total) e, na indústria, foram abertas 135.809 empresas (8,4%) neste mesmo período.

De acordo com a Serasa, nos últimos cinco anos houve um crescimento constante na participação do setor de serviços no total de empresas que nascem no país. Esta participação aumentou seis pontos percentuais entre os dez primeiros meses de 2010 (53% do total) e o mesmo período de 2014 (58,9%).

Por outro lado, a participação do comércio nas empresas que surgem no país tem recuado nos últimos anos. De 35,6% entre janeiro e outubro de 2010 passou para 31,8% no mesmo período de 2014. Já a participação da indústria se mantém estável.

Para o levantamento foi considerada a quantidade mensal de novas empresas registradas nas juntas comerciais de todas as Unidades Federativas bem como a apuração mensal dos CNPJs consultados pela primeira vez à base de dados da Serasa.