Loja de sapato atende por WhatsApp e recebe desenho do pé de cliente
Na tentativa de ajudar o cliente a comprar o modelo de sapato mais adequado a distância, a loja de calçados paulistana Perere (sem acento mesmo), especializada em modelos confortáveis, recorre aos meios digitais. "Tivemos cliente que desenhou o próprio pé num papel, escaneou e nos enviou", diz Patricia Guedes, sócia-proprietária da loja. A imagem ajudou na escolha do tamanho e formato do produto.
O atendimento foi feito, no início, por WhatsApp e a imagem, enviada por e-mail para que pudesse ser impressa, segundo ela. "Já lançamos mão do WhatsApp no atendimento há cerca de um ano. Porém, o uso da ferramenta se institucionalizou em novembro de 2014, depois do lançamento de uma coleção, e teve continuidade muito em função do Natal", diz.
De acordo com a sócia, a Perere já atendia pedidos de clientes por e-mail e alguns migraram para o WhatsApp em função da agilidade. "Foi assim que passamos a usá-lo no dia a dia, para atender a demanda", diz a empresária, lembrando que, pelo aplicativo, consegue enviar rapidamente fotos e vídeos dos calçados, com preços e cores. A empresa conta com sete funcionários e não divulga seu faturamento.
Fábrica de adesivos dá suporte técnico pelo aplicativo
Empresas de médio porte, como a Adecol, fabricante de adesivos industriais de Guarulhos, Grande São Paulo, também adotam a ferramenta no atendimento. A indústria faturou R$ 110 milhões em 2014, 20% acima do ano anterior.
"Desde seu surgimento, usamos o WhatsApp para resolver problemas internos. Em função da agilidade do serviço, há seis meses resolvemos estendê-lo ao cliente", afirma Alexandre Segundo, diretor comercial da Adecol, que vende adesivos para, entre outros, fabricantes de embalagens, calçados, peças automotivas e indústria gráfica.
"As vendas exigem um grande suporte técnico. Nossos produtos normalmente são utilizados na linha de produção, onde cada minuto de máquina parada pode gerar grandes prejuízos", afirma o diretor, informando que, com o WhatsApp, os clientes podem enviar fotos e vídeos das máquinas, ajudando a identificar e resolver os problemas.
Atualmente, 8% das demandas de suporte técnico da empresa são resolvidas com ajuda do aplicativo, mas a empresa, que tem capacidade produtiva de 30 mil toneladas/ano e 55 vendedores (a maioria químicos), quer expandir esse número para 20% até o fim de 2015.
Empresas que fazem spam correm risco de rejeição
Apesar das facilidades que o WhatsApp oferece, profissionais da área de comunicação digital e empresarial lembram que é preciso seguir algumas recomendações antes de adotá-lo no ambiente dos negócios. Guilherme França, especialista em inteligência e estratégia web, acredita que o principal cuidado é não entrar em contato com pessoas que não estejam cadastradas.
"Receber um spam via WhatsApp é tão desagradável quanto um e-mail desse tipo. A imagem da empresa pode sofrer rejeição e quem se sente incomodado pode relatar esta experiência negativa nas redes sociais", afirma França, acrescentando que é interessante deixar um funcionário responsável por esse canal de comunicação.
Lula Portela, diretor da Verbo Assessoria de Comunicação, agência de Recife (PE) especializada em comunicação empresarial, diz que é preciso tomar cuidados com a linguagem usada nas mensagens.
"Considerando que o WhatsApp é utilizado no mais pessoal dos aparelhos móveis, o celular, a empresa deve seguir o tom de linguagem do seu público-alvo. Se é descontraído, use uma linguagem descontraída. Se é mais sério, use uma linguagem formal. E claro, ortografia correta é fundamental", declara Portela.
Outro ponto que o profissional destaca é a velocidade do atendimento. "A demora ou mesmo omissão nas respostas pode ser negativa para a empresa."
Onde encontrar:
Loja Perere: www.lojaperere.com.br
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