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UOL lança reality show com erros e acertos de dono de loja virtual

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

24/04/2015 18h04

Os principais desafios de donos de negócios virtuais são o tema de um reality show online lançado nesta sexta-feira (24). A série de vídeos Impulso Digital, realizada pelo UOL, vai tratar do dia a dia de um empresário, para mostrar como encontrar soluções para finanças, marketing digital, meios de pagamento eletrônico, gestão de estoque e logística.

O primeiro episódio trata do planejamento e diagnóstico do negócio. Ao todo, o reality terá duração de dez meses, com a publicação de novos episódios às sextas-feiras no site e no canal do YouTube. Além dos vídeos, também serão disponibilizadas no site do programa apostilas, planilhas e apresentações sobre os temas tratados a cada semana.

O reality terá como personagem principal o empresário Alcyr da Silva Ferreira Neto, 35, dono da Empório do Lazer, uma loja de artigos para churrasco e festas na zona oeste de São Paulo. Em 2012, a empresa criou um site para aumentar as vendas e expandir o negócio, mas os resultados ainda não alcançaram os resultados desejados.

“Hoje, a loja física paga a virtual. Meu objetivo é que as duas operações se igualem ou o site ultrapasse o ponto fixo”, diz o empresário. Segundo ele, a loja física vende entre 400 e 500 itens e fatura R$ 160 mil por mês, enquanto o site alcança metade das vendas e da receita mensal do ponto fixo.

Para fazer com que sua loja virtual decole, Neto, como o empreendedor é conhecido, terá a ajuda de consultores como Edson Rigonatti, investidor e mentor da Endeavor (organização de apoio ao empreendedorismo), e In Hsieh, co-fundador de e-commerces nos segmentos de pets e bebês.

“As dificuldades do Neto podem ser a de muitos empreendedores de lojas virtuais. As mesmas lições que ele vai aprender podem ser aplicadas a qualquer negócio”, diz Ricardo Dutra, diretor de marketing do UOL, idealizador do reality show.

Ao final do programa, Neto espera que o site da empresa seja independente da loja física e venda em torno de mil pedidos por dia. “Operar um e-commerce é muito diferente de uma loja física”, afirma. “A logística é minha principal dificuldade. Gasto muito com frete e a venda acaba não sendo lucrativa em alguns casos.”

Comércio eletrônico está em alta

Em 2014, o setor de comércio eletrônico no país faturou R$ 35,8 bilhões, segundo dados da E-bit. O valor representou uma alta de 24% em relação ao ano anterior (R$ 28,8 bilhões). Para 2015, a expectativa é de aumento na casa dos 20%.

Mesmo com o baixo crescimento da economia e com a inflação acima do centro da meta, o setor acredita que os consumidores continuarão comprando pela internet. "A web tem ferramentas que dão ao consumidor a certeza de que ele está pagando o menor o preço", afirma Gerson Rolim, diretor de marketing da Câmara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico).

Rolim afirma, ainda, que é crescente o número de consumidores que usam tablets e smartphones para realizar compras. No ano passado, as vendas por dispositivos móveis representaram 10% do faturamento do setor.

"É uma plataforma de venda que não pode ser ignorada. Se o consumidor não conseguir ler o site porque a letras está muito pequena, ele não vai comprar", declara.

Serviço:

Impulso Digital

Site: ecommerce.uol.com.br/impulso-digital

Canal no YouTube: http://zip.net/blq694 (link encurtado)