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Setor de franquias no país cresce 9% no 1º trimestre, segundo associação

Do UOL, em São Paulo

28/05/2015 17h51Atualizada em 28/05/2015 17h52

O faturamento do setor de franquias no país cresceu 9% no 1º trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela ABF (Associação Brasileira de Franchising).

De acordo com a entidade, de janeiro a março deste ano, o setor de franquias faturou R$ 31,3 bilhões, contra R$ 28,7 bilhões nos três primeiros meses de 2014.

Os dados divulgados também corrigem o resultado final do ano passado, que passa a ser de R$ 128,5 bilhões, ante os R$ 127,3 divulgados no início de 2015. Esse ajuste foi necessário porque algumas empresas não haviam enviado suas informações financeiras na data do fechamento do balanço anual, segundo a ABF.

Para a presidente da entidade, Cristina Franco, o resultado trimestral é um indicativo da força do setor. "Em um trimestre que costuma ser mais difícil, ao menos recuperamos a inflação [que foi de 6,41% em 2014] e com alguma sobra”, diz.

A presidente da ABF atribui o resultado à abertura de novas lojas, mesmo que em ritmo menor, e a mudanças de comportamento do consumidor, como a busca por qualificação profissional, a necessidade de se alimentar fora do lar e a presença de mulheres no mercado de trabalho.

Os segmentos do franchising que mais cresceram no período foram: alimentação e esporte, saúde, beleza e lazer, ambos com alta de 14% no faturamento; e comunicação, informática e eletrônicos, com 11%.

País tem quase 130 mil unidades de franquias em operação

Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 3,7% novas lojas e fechadas 1,1%, saldo positivo de 2,5% novos pontos de venda. Tendo como base o último dia do mês de março, o Brasil tem 128.809 unidades de franquias em operação.

Em número de pontos de venda, os segmentos que mais cresceram foram acessórios pessoais e calçados (14%) e comunicação, informática e eletrônicos (13%).

O diretor de inteligência de mercado da ABF, Claudio Tieghi, diz que em um momento menos favorável, segmentos mais tradicionais --como alimentação e esporte, saúde, beleza e lazer-- tendem a se fortalecer, pois refletem mudanças de comportamento da população, com a busca por bem-estar e por facilidades cotidianas.

"O segmento de comunicação, informática e eletrônicos reflete a crescente digitalização da sociedade, gerando oportunidades na venda de produtos, consultoria, assistência técnica e outros serviços", afirma Tieghi.

Frente ao apurado na pesquisa trimestral, a ABF mantém sua estimativa de crescimento do faturamento do setor em 2015 entre 7,5% e 9%. Já o número de marcas deve aumentar 8% e o de novas unidades, crescer entre 9% e 10%.