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Bar toca jazz suave para bebês, atrai famílias e fatura com mais clientes

Clube Jazz B, em São Paulo, dedica as programações de sábado ao público infantil - Divulgação
Clube Jazz B, em São Paulo, dedica as programações de sábado ao público infantil Imagem: Divulgação

Larissa Feria

Do UOL, em São Paulo

29/07/2015 06h00

Após dedicar a programação musical das tardes de sábado a crianças e bebês, o clube Jazz B, no centro de São Paulo, viu o consumo dos clientes aumentar.

Isso porque o ambiente inclusivo ajudou a diversificar o público, que passou a comparecer em família para almoçar, além de apenas curtir o som. Com isso, o tempo de permanência na casa ficou maior.

“Percebi que havia poucos lugares para receber crianças em São Paulo e pensamos que seria uma ótima ideia criar esse espaço”, afirma Mariano Lopes Levy, dono do negócio. Sua filha tinha dois anos quando ele abriu a casa, em 2013.

No início, a programação infantil ocorria duas vezes por mês. Mas passou a ser semanal com a boa adesão do público à iniciativa. A partir do meio-dia, a casa recebe tapetinhos emborrachados, trocadores nos banheiros e cadeirões para recepcionar a criançada.

Os shows também foram adaptados, com som mais ameno, e divididos em duas partes: das 12h30 às 13h15 e das 14h30 às 15h15. O serviço de bufê, com duas opções de entrada e prato principal, além de petiscos, é servido das 12h às 16h, a R$ 39 por pessoa. 

“Recebemos entre 20 e 60 pessoas por sábado, sem contar as crianças. Muitos pais acabam trazendo a família, mas também tem muito adulto que vem sem criança, só para ver o show. É um público bem diversificado”, diz. A entrada custa R$ 20, e crianças até 10 anos não pagam.

Levy afirma que o investimento para adaptar o local para receber os pequenos foi baixo. Também não precisou investir em publicidade. O movimento veio do boca a boca.

Público infantil requer investimento e segurança

Investir em espaços com atividades para crianças pode ampliar o leque de clientes de um negócio. Na opinião de Paulo Marcelo Tavares, gerente do Sebrae-SP, há uma demanda muito grande por esse tipo de serviço, que tende a se ampliar.

“Agregar esse serviço pode ser um atrativo para a tomada de decisão de uma família, além de aumentar o tempo de permanência e consumo no local”, afirma.

Conforme a atividade ou a área de recreação oferecidos, o investimento pode variar. Brinquedos e monitores podem encarecer a iniciativa. “Se for um serviço completo, com monitores, o custo é mais elevado". Além disso, segundo ele, o estabelecimento precisa estar atento aos procedimentos de segurança.

Algumas atividades, se envolverem riscos de acidentes, precisam da autorização dos pais por escrito. Caso contrário, o estabelecimento pode ser responsabilizado.

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