Cachorro-quente vendido no Rock in Rio tem franquia a partir de R$ 83 mil
Os participantes do Rock in Rio possivelmente conheceram a marca de cachorro-quente Geneal, ou até mesmo experimentaram seus sanduíches. Velha conhecida dos cariocas, a empresa de 52 anos agora quer explorar outros Estados por meio de franquias. O custo de uma unidade parte de R$ 83 mil.
Tradicional no Rio de Janeiro, o cachorro-quente fez sucesso nas décadas de 1960 e 1970, com seus carrinhos e triciclos charmosos presentes nos jogos do Maracanã e principais eventos da cidade. Só no Rock in Rio deste ano, o Geneal vendeu em torno de 15 mil sanduíches. A empresa também esteve em eventos como Carnaval, UFC e Rio Open (torneio de tênis).
Empresa buscou padeiro antigo para resgatar receita
Desde 2000, a marca tenta resgatar sua tradição. Comprada pelo empresário Dimas Correa Filho, a empresa já havia passado por dois outros donos depois do fundador, que tentaram transformar o negócio em loja de conveniência. Com isso, os sanduíches já haviam perdido características originais.
Segundo Luciana Palhares, diretora de marketing e filha do empresário, para recuperar o sabor tradicional, o pai buscou o padeiro do início do negócio. "É ele o responsável pela produção de pães de toda a rede. Não tinha como fortalecer a marca sem a receita que a tornou famosa."
Eram as receitas que faziam o sucesso do Geneal até a década de 1970, segundo ela. "Meu pai sempre lembra que o pão era exclusivo e que não havia sabor similar no Rio de Janeiro. Além disso, os hot-dogs eram vendidos em triciclos com o carrinho acoplado, considerado muito inovador para a época."
Franquia tem modelo de carrinho, quiosque e food-truck
A rede de franquias mantém a estratégia de participação em eventos, que é a maior fonte de vendas, segundo Palhares, seguida de festas particulares e praias, mas também tem sido forte nos shoppings. Apesar de não revelar números, ela diz que a empresa vem crescendo a uma média de 20% ao ano.
Os preços dos sanduíches mudam nos grandes eventos e festas particulares, segundo Palhares. No Rock in Rio, por exemplo, cada unidade do sanduíche custou R$ 8. Na rua, ele é vendido por R$ 6,50 e, nas festas, por R$ 3,95.
São três formatos de negócio: carrinho, quiosque e o recém-lançado food-truck. O investimento inicial para adquirir uma unidade no formato de carrinho é de R$ 83 mil. O quiosque custa R$ 169 mil (inclusos custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro em ambos). O faturamento médio mensal vai de R$ 30 mil a R$ 50 mil, segundo a franquia. A previsão de lucro não foi informada.
O food truck, que será usado para comercializar os produtos em eventos, ainda não teve o valor de investimento divulgado. Atualmente, a empresa tem nove quiosques, um carrinho, colocado em locais estratégicos, e mantém parceria com cerca de 80 empresas para comercializar os seus produtos. Todas as unidades até agora estão no Rio de Janeiro.
Concorrência para comida de rua é maior hoje, diz especialista
Romualdo Ayres, coordenador de pós-graduação em gestão de Franquias da ESPM-RJ, diz que a Geneal é uma marca muito tradicional na vida dos cariocas. "Ir ao Maracanã nos anos 60 ou 70 e não comer um hot-dog era uma heresia. Então, todo carioca que viveu naquela época presenciou isso e transmitiu para seus filhos."
No entanto, afirma que empreendedores que desejam investir no ramo de alimentação de rua atualmente deverão dividir espaço com muitas empresas. "Hoje, a concorrência é muito maior. Há uma diversidade de comida sendo vendida na rua. E os carrinhos não são mais exclusivos. É possível comprar de tudo na rua."
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