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Food truck de coxinha vira franquia com investimento a partir de R$ 75 mil

Larissa Coldibeli

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/11/2015 06h00

A fama dos salgados da sogra e a onda dos food trucks em São Paulo motivaram Juliana Nagy Caltabiano, 35, a deixar o emprego em marketing em uma multinacional para investir na Só Coxinhas, uma Kombi personalizada de venda de coxinhas inaugurada em setembro de 2014, em São Paulo. Pouco mais de um ano depois, o negócio virou franquia com investimento que parte de R$ 75 mil.

São dois modelos de negócio: o de R$ 75 mil é chamado de "cart", um tipo de barraca móvel que imita a frente de uma Kombi e é indicado para eventos, e o food truck, em uma Kombi adaptada, que sai a partir de R$ 130 mil (custos de instalação, incluindo o veículo e a adaptação + taxa de franquia + capital de giro).

O faturamento médio mensal da franquia é estimado em R$ 35 mil. A margem de lucro varia de 20% a 30%, dependendo da operação, ou seja, de R$ 7.000 a R$ 10,5 mil. O retorno do investimento se dá a partir de 12 meses, segundo a empresa.

“Meu marido sempre falava da receita da coxinha da mãe dele, que é famosa na cidade dela por fornecer salgados para lanchonetes, restaurantes e eventos. Meu amigo, que acabou virando sócio, deu a ideia do food truck, que estava em alta, e assim nasceu o negócio”, diz a empresária. O investimento inicial foi de cerca de R$ 65 mil.

São dez sabores de coxinha, inclusive doces

As coxinhas vêm congeladas da cozinha industrial da sogra de Caltabiano, em Guaratinguetá (176 km a nordeste de São Paulo), e o franqueado só precisa fritar, vender e servir.

São dez sabores, incluindo doces: tradicional de frango, mix de queijos, alho poró com cream cheese, espinafre com ricota, calabresa, carne seca, frango com bacon, brigadeiro, Nutella e doce de leite. A mais vendida, segundo a empresária, é a tradicional de frango.

Os salgados são vendidos em versões mini, em copos com 14 unidades, que custam R$ 12 cada. O negócio também vende bebidas e café e, com isso, o gasto médio dos clientes chega a R$ 17, segundo Caltabiano.

São nove unidades em SP, MG, PR e RJ

São quatro unidades próprias em São Paulo, três no modelo food truck e uma no modelo "cart", em operação há três meses. Há dois meses, foi inaugurada uma loja física em Guaratinguetá, que vende todos os salgados da sogra, não apenas coxinhas. Até o final do ano, deve ser inaugurada mais uma loja física em São Paulo, com coxinhas para viagem.

Há duas franquias em operação em Belo Horizonte (uma delas no modelo "cart"), uma em Curitiba e uma no Rio de Janeiro. Segundo Caltabiano, o foco da expansão inicialmente será as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Para atender Norte e Nordeste, precisaremos de outra cozinha industrial, que já está sendo estudada, para aumentar a produção e facilitar a logística”, diz.

Segundo a empresária, o foco principal do negócio é a realização de eventos, como festas particulares e corporativas. Nesse caso, é cobrado um valor fixo por pessoa, que pode variar de R$ 25 a R$ 50, dependendo do número de convidados, do local, entre outros. 

Negócio é promissor, mas exige experiência da franqueadora

Para Marcus Rizzo, consultor especializado em franquias e dono da Rizzo Franchise, o negócio tem potencial, pois une um produto barato e fácil de vender a uma operação enxuta. No entanto, ele diz que é importante investigar a experiência da franqueadora com os modelos de negócio propostos.

“O modelo tem que ter sido testado há pelo menos um ano, para verificar se há sazonalidade. Se a franqueadora ainda não testou, não tem como repassar experiência para os franqueados.”

Outro ponto que merece atenção, segundo ele, é o fato de o franqueado depender de produtos vendidos pela franqueadora. “A franqueadora tem que focar no custo do franqueado, em ajudá-lo a comprar com as melhores condições para aumentar sua rentabilidade, e não na venda de produtos”, afirma.

Onde encontrar:

Só Coxinhas: www.socoxinhas.com

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