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Era faxineiro, virou dono e fatura R$ 2,5 mi com esfihas GG de filé-mignon

Márcia Rodrigues

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/06/2017 04h00

O cearense Francisco Edilson Lima, 46, chegou a São Paulo, em 1990, atrás de uma oportunidade de emprego. Começou a trabalhar como faxineiro na Ligue-Esfiha e, três anos depois, foi convidado para ser sócio da empresa.

Em 2000, com o rompimento da sociedade, ele assumiu uma das lojas da rede -ao todo eram três-, mudou o nome da empresa para Kalik Ligue-Esfiha e resolveu buscar diferenciais para o negócio. Ele criou o tamanho GG das esfihas, que passou de 11 cm para 17 cm, e introduziu sabores como provolone, filé-mignon com catupiry e peperone com mozarela.

No ano passado, a empresa faturou R$ 2,5 milhões, 32% a mais do que em 2015, quando atingiu R$ 1,9 milhão. O motivo do aumento, segundo Lima, foi a expansão do negócio.

Em 2016, a casa, que funcionava apenas no sistema delivery, inaugurou outra unidade para começar a atender o público também no local. Ambas estão localizadas na zona oeste de São Paulo, uma no bairro de Perdizes (que faz entrega e serve no local) e outra na Pompeia (que recebe pedido no balcão).

Para este ano, ele prevê um crescimento de 10%. O lucro não foi revelado.

"A insegurança da nossa economia nos faz pensar que o desempenho será menor este ano, mas, com, as duas unidades operando a todo o vapor, esperamos manter o crescimento."

Vendeu a moto para entrar como sócio da empresa

Depois de ser faxineiro, auxiliar de cozinha e cozinheiro, ele foi convidado para ser sócio da empresa. Para integrar a sociedade com outros dois empresários, ele vendeu uma moto, que valia, segundo ele, o equivalente a R$ 6.000 hoje e investiu mais R$ 4.000 em mão de obra, totalizando R$ 10 mil. 

Lima, então, trocou o nome da loja para Kalik Ligue-Esfiha e começou a diferenciar o negócio. Ele diz que optou por aumentar o tamanho das esfihas para conquistar mais clientes. O empresário afirma que as tradicionais medem entre 10 cm e 11 cm de diâmetro e pesam entre 60g e 70g, já as dele medem 17 cm e pesam 220g.

"Os clientes falam que elas valem por uma refeição. Muitos chegam a dividir por achá-la grande."

Esfihas custam a partir de R$ 6,90

A esfihas mais vendida -e também a mais barata- é a de carne  (R$ 6,90). Entre as mais caras estão: filé-mignon com catupiy e peperone com mozarela. Ambas custam R$ 10,90. Há ainda:

  • Alho com catupiy ou mozarela: R$  9,90
  • Escarola com mozarela: R$ 8,20
  • Rúcula com tomate seco: R$ 10,90
  • Cogumelo com mozarela ou catupiry: R$ 10,90
  • Provolone: R$ 10,90
  • Aliche com mozarela: R$ 9,90
  • Carne seca com catupiry: R$ 9,90

A casa produz, também, opções feitas com massa integral, que custam R$ 11,40:

  • Peito de peru com cream cheese
  • Atum sólido com mozarela de búfala
  • Ricota temporada com rúcula e tomate seco
  • Alho poró com cream cheese

Entre as doces estão:

  • Nutella: R$ 13,90
  • Chocolate com morango: R$ 10,20
  • Chocolate: R$ 9,90
  • Romeu e julieta: R$ 9,90
  • Doce de leite - R$ 9,90

A empresa também vende beirute, pastel, kibe e coxinha.

Tamanho e preço do produto são atrativos

Para Henrique Romão, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), o tamanho e o preço das esfihas são o grande diferencial do negócio.

"A esfiha mais cara da empresa custa R$ 10,90 e tem o tamanho proporcional ao de uma pizza brotinho, que não sai por menos de R$ 20. O cliente pode fazer uma boa refeição por um preço bastante acessível."

Romão afirma, no entanto, que, apesar de o preço ser competitivo, é preciso avaliar se ele garante a lucratividade do negócio.

"Os valores praticados pela empresa são baixos, se considerarmos o tamanho do produto e o fato de ele poder substituir uma refeição. É preciso fazer uma análise criteriosa para saber se a margem de lucro não fica comprometida por causa disso."

Onde encontrar:

Kalik Ligue-Esfiha: http://ligueesfihakalikperdizes.com.br/

 

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